Lucala - Angola vai contar, a partir do segundo semestre de 2025, com uma indústria siderúrgica de sílica manganês, componente usado no fabrico de aço, ferro, alumínio e outros minerais, anunciou, segunda-feira, no município do Lucala, o ministro de Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo.
A funcionar no município do Lucala, a 37 quilómetros de Ndalatando (capital do Cuanza-Norte), a fábrica arranca com a produção de sílica manganês, prevendo-se, posteriormente, o fabrico de ferro manganês e ferro silício.
O empreendimento vai funcionar com três fornos com capacidade de produção diária de 100 mil toneladas de minerais, do universo de dez fornos a serem construídos, para funcionamento ininterrupto diário.
Disse que no âmbito social o investimento vai assegurar a criação de mil empregos directos, sobretudo, para cidadãos locais.
Diamantino de Azevedo, falava à imprensa depois da visita ao projecto, avaliado em 250 milhões de dólares, a serem desembolsados em duas fases e esta a cargo de um consórcio angolano-chinês.
Na ocasião, o ministro disse ter ficado com boa impressão do investimento que vai acrescentar valor aos minerais explorados no país, sobretudo, o manganês, o ferro e o quartzo.
A siderúrgica do Lucala tem também em carteira a produção de gás industrial, calcário para o fabrico de cimento, amónio e ureia para agricultura, considerados factores que poderão agregar valor à diversificação da economia nacional.
Na quadro da sua estada na província, Diamantino de Azevedo realizou igualmente uma visita ao posto de armazenamento de combustível da Sonangol Distribuidora, localizado no município do Lucala.
O centro, cujo funcionamento é assegurado por 21 técnicos nacionais, conta com 12 tanques reservatórios com capacidade de armazenamento de 980 mil litros de gasóleo, 680 mil de gasolina e 275 mil de querosene.
A unidade coordenada pelo Centro de Logística da Sonangol, afecto à região Norte dispõe de medidas rigorosas de segurança e combate a incêndio, incluindo uma viatura de extinção e com técnicos treinados para intervenção em questões de conflagração.
O empreendimento conta com uma capacidade de reservas de derivados de petróleo para abastecer todos os postos da província e de alguns municípios de Malanje e Uíge.
No local, o ministro foi informado que o referido posto é abastecido por meio de operadoras rodoviárias, enquanto decorrem contactos para abastecimento através dos comboios dos caminhos- de- ferro de Luanda (CFL), por apresentar maior segurança e menos custos de operação.
Hoje, o ministro de Recursos Minerais, Petróleo e Gás vai reunir-se com o Governo do Cuanza- Norte para análise do potencial geológico local, transferência de competências de exploração e a situação de projectos minérios em curso na província.
Nesta visita ao Cuanza- Norte, o ministro faz-se acompanhar dos secretários de Estado e uma vasta comitiva do ministério. LJ/IMA/YD