Menongue - Trezentas e vinte e seis empresas, entre micro, pequena e média, foram certificadas, em 2024, nas províncias do Cuando e Cubango, pelo Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (INAPEM).
Trata-se de empresas do sector produtivo, industrial, comercial e prestação de serviços.
A informação foi avançada hoje à ANGOP, pelo chefe dos serviços provinciais do Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas no Cuando e Cubango, Jacob Paulo, numa altura em que existe um acumulado de 14 mil empresas certificadas, desde 2012.
Segundo o responsável, em 2024 o INAPEM no Cuando e no Cubango testemunhou o financiamento de 320 milhões de kwanzas para as 32 cooperativas agrícolas dos Ex-Militares, que serviu para o fundo de maneio de 32 tractores e suas alfaias que o grupo alvo beneficiou em 2023.
Explicou que os 320 milhões de kwanzas justificam a razão de cada cooperativa agrícola dos municípios do Menongue (15), Cuito Cuanavale (4), Cuchi (7), Mavinga (3), Calai (1), Cuangar (1) e Rivungo (1) beneficiar de 10 milhões, que estão a ser usados para a manutenção pontual dos tractores, visando aumentar a produção do campo.
Sobre o selo “Feito em Angola”, explicou que, de 2023 a 2024, apesar de constantes explicações em feiras e em outros encontros sobre os seus benefícios às empresas, apenas registou-se três certificações, sendo duas em Menongue e uma no município do Calai.
Em Menongue, trata-se de produtos como o milho e o feijão, já no Calai, o pão, que tem sido exportado para a região do Rundu, República da Namíbia, que exigiu a sua certificação e que hoje é consumido preferencialmente naquela localidade fronteiriça com as províncias do Cuando e do Cubango, na faixa sul.
Para Jacob Paulo, a fraca adesão ao “Feito em Angola” deve-se ao facto de, para o efeito, exigir-se das empresas o pagamento de 50 mil kwanzas, bem como mais 50 mil kwanzas para os primeiros três selos, perfazendo 100 mil, quantia que muitas empresas alegam ser elevada, apesar dos 11 benefícios que dispõe o projecto, um dos quais a convocação da empresa para expor os seus produtos dentro e fora do país, a convite do INAPEM.
Em relação às formações, fez saber que foi possível, em 2024, capacitar 52 micro empresas em matéria de educação e cidadania fiscal, dos quais 15 do sexo feminino, bem como a consultoria de assistência técnica a 36 empresas, que se propuseram para o Fundo de Garantia de Crédito, das quais 17 já na banca.
Jacob Paulo sinalizou, em termos de desembolsos financeiros, a visita a 22 empresas e cooperativas agrícolas nos municípios de Menongue, Cuito Cuanavale, Calai e no Cuchi, cujos resultados das instituições beneficiárias são animadores.
Avançou que, para este ano, o INAPEM vai prosseguir com as suas actividades ligadas ao apoio directo às empresas, desde formações em empreendedorismo, educação fiscal e cidadania, certificação das empresas, consultoria e assistência técnica para as que precisam contrair financiamentos bancários.
Apontou, igualmente, a certificação do selo “Feito em Angola”, constituição e acompanhamento de feiras que se têm realizado na região, visitas de constatação de acompanhamento dos projectos desembolsados com créditos, entre outras acções. ALK/PLB