Luanda – Um milhão 144 mil e 642 toneladas métricas (TM) de derivados de petróleo foram adquiridas pelas empresas que operam em Angola, no 2º trimestre deste ano, das quais 63,8% resultantes de importação, avaliada em 689 milhões de dólares americanos.
Segundo o Instituto Regular dos Derivados do Petróleo (IRDP), da quantidade total de refinados (combustíveis líquidos) adquirida, 35,4% foram provenientes da Refinaria de Luanda e 0,8% da Cabgoc – Topping de Cabinda.
Ao fazer o balanço das actividades do mercado de derivados do petróleo (downstream), esta quarta-feira, em Luanda, o director-geral adjunto do IRDP, António Feijó, disse que cerca de 59,4% da quantidade de combustíveis corresponde ao Gasóleo, 22,2% a Gasolina, 12,3% ao Fuel Ordoil, 3,8% ao Jet-A1, 1,2% ao Betume Asfáltico e o restante 1,1% ao Petróleo Iluminante.
Referiu que as quantidades adquiridas no período representaram uma redução de aproximadamente 8% em relação ao trimestre anterior.
Sublinhou ainda que o país contou com uma capacidade instalada de armazenagem de combustíveis líquidos, em terra, de 675 mil e968 metros cúbicos (m3).
De acordo com António Feijó, no final do trimestre, foi igualmente registada a existência de mil e 168 Postos de Abastecimento (PA), dos quais 896 em estado operacional.
Do total de PA, 329 pertence à Sonangol Distribuição e Comercialização (36,7%); 82 Pumangol (9,2%); 60 Sonangalp (6,7%); 50 Total Energies Marketing Angola (5,6%); 3 Etu Energias (0,3%); e 372 de Bandeira Branca – Agentes Privados (41,5%).
Segundo a fonte, o volume de vendas globais dos vários segmentos de negócio, isto é, retalho (B2C), consumo (B2B) e bunkering, no período em referência, foi de aproximadamente um milhão 219 mil e 835 TM, registando um acréscimo de cerca de 3% em relação ao trimestre anterior.
Em termos de quota de mercado em volume de vendas, avançou que a Sonangol Distribuição e Comercialização mantém à liderança, com 62,3%, seguida da Pumangol (21,9%), a Sonangalp (7,2%), a Total Energies Marketing Angola (6,6%) e a Etu Energias (1,7%).
Combustíveis gasosos
No período em analise, foram introduzidas no mercado interno cerca de 137 mil e 973 TM de gás de cozinha (GPL), das quais, 58,3% provenientes da Fábrica Angola LNG, 33,4% do Sanha, 6,1% da Refinaria de Luanda e 2,2% do Topping de Cabinda.
Em relação ao trimestre anterior, registou-se um aumento de aproximadamente 21% na aquisição de GPL para o mercado interno. Neste segmento, o país contou com uma capacidade instalada de armazenagem, em terra, de 11 mil e 727 TM.
Quanto às vendas, o registo é de um total de 139 mil e 560 TM, o que representou um crescimento de 38% em relação ao trimestre anterior.
Nesse segmento, a Sonangol Gás e Energias Renováveis liderou as vendas do mercado, com uma quota de 71,9%, seguida pela Saigás, com 14,1%, a Progás (5,9%), a Gastém (5,6%) e a Canhongo Gás (2,6%).
As províncias que mais consumiram foram Luanda (63,3%), Benguela (8,8%), Huíla (5,7%), Huambo (4,3%) e Cabinda (3,0%), representando as 5, aproximadamente 85% do consumo nacional.
Lubrificantes
Relativamente aos lubrificantes, registou-se um volume de cerca nove mil e 522 TM comercializados no mercado interno pelas principais empresas, representando um aumento de aproximadamente 19% em relação ao trimestre anterior.
Do volume total comercializado, duas mil e 334 TM teve como origem a produção nacional, correspondente a 25% e o restante 7 188 TM proveniente de importação, o que correspondeu a 75%.
A Sonangol Distribuição e Comercialização liderou as vendas no mercado de lubrificantes, no período em análise, com uma quota na ordem dos 24,5% do total, seguida pela Chinangol (9,8%), a Lubritec d9,4%), Sonangalp (7,6%) e a Jambo (6,4%), fechando o top 5 do referido mercado. QCB