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Implementação do Metro de Superfície vai requalificar Luanda

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  • Luanda • Terça, 06 Julho de 2021 | 11h27
Uma panorâmica da Marginal de Luanda, capital de Angola
Uma panorâmica da Marginal de Luanda, capital de Angola
Tarcísio Vilela - ANGOP

Luanda – A construção das infra-estruturas de suporte do Metro de Superfície de Luanda (MSL) vai requerer a requalificação das aéreas visadas, a expropriação e realojamento de famílias, explicou, segunda-feira, o ministro das Obras Publicas e Ordenamento do território.

Referindo-se às rotas previstas (Porto de Luanda a Cacuaco, Avenida Fidel Castro Ruz-Benfica, Porto de Luanda-Largo da Independência e Cidade do Kilamba-1º de Maio), para se iniciar, podem ser viáveis e mais tarde fazer-se as devidas correcções, atendendo ao contínuo crescimento da cidade de Luanda.

Manuel Tavares de Almeida, que falava no encerramento da conferência sobre o “Projecto do MSL e os Desafios da Mobilidade”, enfatizou que determinantes serviços, políticas e infra-estruturas concorrem para o sucesso da mobilidade urbana, que impõe também soluções estruturantes da macro e micro-drenagem da capital do país.

 “O objectivo da criação de políticas públicas de mobilidade urbana visa reduzir as desigualdades da população em relação ao direito de circulação, de ir e vir, garantindo assim a todo cidadão a forma justa e digna de acessar a cidade, de modo rápido e sem poluição”, enfatizou.

Para reduzir descongestionar o tráfego em Luanda, o titular da pasta das Obras Públicas e Ordenamento do Território aponta a implementação de pedágio urbano (taxa Taxa cobrada pela utilização de estruturas destinadas ao transporte, como auto-estradas e pontes) em certos troços com grande fluxo de trafegabilidade.

Manuel Tavares de Almeida considera que a qualidade da mobilidade está intrinsecamente relacionada com a articulação e união entre as diferentes políticas de transporte, de trânsito, de desenvolvimento urbano e do meio ambiente.

“Não se deve restringir à execução das infraestruturas de vias de comunicação pois os serviços, as politicas e a melhor utilização das infraestruturas concorrem para uma melhor mobilidade urbana”, salientou, destacando a realidade de países desenvolvidos que privilegiam os transportes colectivos em detrimento do individual.  

A sustentabilidade da mobilidade, prossegue o dirigente, recai para a necessidade de acções coerentes e consistentes na preservação ambiental, bem como na conservação e manutenção das infra-estruturas, visto que sem esses elementos é difícil existirem vias de comunicação com qualidade.

“(…..) E se está acção não for realizada com regularidade, os custos de reparação serão sempre mais altos”, frisou o ministro.

Entretanto, o governante apelou aos cidadãos a não vandalização dos bens e o uso correcto das vias de comunicação.

De acordo com Manuel Tavares de Almeida é imperioso fazer-se um investimento na educação comportamental das populações, a partir das escolas, na melhoria da promoção de emprego e na sua condição de vida, para as pessoas despertarem sobre a necessidade da preservação dos bens comunitários.

A conferência sobre o Projecto do Metro de Superfície de Luanda, aberto na manhã de segunda-feira (dia 05), decorreu sob o lema “Os Desafios da Mobilidade”, numa organização do Ministério dos Transportes, em parceria com o Ministério das Obras Públicas e Ordenamento do Território, bem como do Governo da província de Luanda.  

O evento, subdividida em dois painéis, abordou temas como “Os desafios de Mobilidade Urbana em Luanda”, as “PPP como modelo de financiamento das soluções de Mobilidade”, “Planeamento Urbano, Sistemas de Transporte e Requalificação Urbana”, “O Impacto das Soluções de Transporte de Alta Capacidade na Qualidade das Cidades”, dentre outros.

Para além dos técnicos nacionais, o certame contou com a participação de especialistas do Brasil e da Alemanha, enquanto parceiros estratégicos para implementação deste projecto.





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