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Imobiliária quer investir 400 milhões de dólares em habitações

     Economia              
  • Luanda • Segunda, 25 Abril de 2022 | 12h26
País ganhou muitos projectos habitacionais nos últimos 12 anos
País ganhou muitos projectos habitacionais nos últimos 12 anos
ANGOP/Arquivo

Luanda – A imobiliária “Broima Investimentos Lda” pretende investir cerca de 400 milhões de dólares norte-americanos para a construção de 346 casas de tipologia T3 e T4 (vivendas isoladas e edifícios de um piso), em Luanda.

Trata-se do surgimento de um novo projecto habitacional da filial do grupo empresarial chinês H&S denominado “Orlando Residencial”, cujo lançamento da primeira pedra está previsto para Maio próximo, segundo a directora-geral  da Broima, Linda Liu.

Em declarações à ANGOP, a propósito da segunda edição do Fórum Imobiliário, que decorreu de 21 a 22 deste mês, em Luanda, a também vice-presidente da Câmara de Comércio Angola-China sublinhou que o respectivo projecto vai contemplar zonas comerciais, desportiva e de lazer.

A obra, a ser desenvolvida numa área de mais de 14 hectares, nas imediações da Centralidade do Kilamba, município de Belas, conta ainda com a instalação de infra-estruturas externas (arruamento, drenagem, energia eléctrica e canalização de água), assim como a construção de equipamentos sociais (escolas e centros de saúde).

Segundo a directora-geral, as habitações serão erguidas de forma faseada, prevendo a construção de 80 moradias na primeira fase, num período de oito meses.

Mesmo sem ainda o lançamento da primeira pedra para a construção dessas residências, a fonte avançou que alguns clientes já garantiram o pagamento de mais de 30 casas, reservadas no projecto Orlando Residencial.

De acordo com a empresária, a empresa prevê replicar o mesmo projecto em seis condomínios, nos próximos tempos, em Luanda.

Quanto com o custo dos imóveis, a responsável afirmou que o preço das habitações erguidas pela  Broima Investimentos varia de 85 milhões a 100 milhões de kwanzas.

Questionada sobre o crédito habitacional bonificado, decretado pelo Banco Nacional de Angola (BNA), neste mês, Linda Liu considerou uma medida valiosa e assertiva do Banco Central, por reforçar o incentivo e a revolução do mercado imobiliário em Angola.

Assegurou que a sua empresa já começou a negociar com alguns bancos comerciais, para encontrar as melhores soluções de acesso ao empréstimo disponível.

“Vamos analisar as melhores formas possíveis para facilitar o acesso ao crédito e criar pacotes específicos para os clientes que pretenderem comprar as nossas casas”, reforçou.

O grupo empresarial H&S opera em Angola há 16 anos, investindo em várias áreas, com realce para o sector imobiliário.

Dos projectos habitacionais já investido, o destaque recai sobre os condomínios “Jardim de Rosas”, “Austin Residencial” e “Vila Kuditemo”, em Luanda.

Ecos do Fórum Imobiário, edição lusófona

Durante dois dias de fórum, os participantes consideraram o evento proveitoso, por permitir reflectir em torno do estado actual do mercado imobiliário angolano e a troca de experiências entre os operadores.

Porém, os promotores de projectos habitacionais recomendaram a necessidade de se reverter, urgentemente, o actual quadro de emissão de títulos de propriedade e de licenças de construção, com vista a evitar os constantemente conflitos de terrenos e incentivar a captação de novos investimentos no país.

Adicionalmente, os imobiliários apelaram às autoridades angolanas a colocar em “ordem o mercado imobiliário”, visando combater a informalidade no sector, que ainda é dominado, maioritariamente, por mediadores ilegais.

Conforme o presidente em exercício da Associação dos Profissionais Imobiliários de Angola (APIMA), Cleber Correia, a problemática da habitação em Angola resolve-se com a aposta nos planos directores e criação de loteamentos.

Com essas medidas, adiantou, as pessoas vão adquirir lotes de terrenos regularizados e financiados, implantados em bairros devidamente projectados, combatendo assim a ocupação desordenada de terrenos e corrigir o desenho das cidades.

“Com terras baratas e infra-estruturadas, juros baratos, emissão de direitos de superfície e licenças céleres e uma boa política de Estado, o imobiliário impulsionará a nossa economia”, concluiu.

Na ocasião, as empresas tiveram a oportunidade de expor os seus produtos habitacionais, através de feira montada à margem do fórum.

As imobiliárias como a “Muamine”, “SEL”, “P&W Imóveis”, “Chez&Espaços”, entre outras, exibiram os seus produtos na feira.

Dominaram ainda o certame, que contou com a participação de mais de 20 empresas, temas como “A situação actual dos pequenos e médios empresários imobiliários em Angola”, “Importância do seguro multi-risco e habitação para o sector imobiliário” e “Diferenças no crescimento do mercado imobiliário em Portugal e Brasil”

Esta edição, promovida pela Linear Comunicação, no formato híbrido, contou também com a presença de especialistas de outros países lusófonos, como Portugal, Brasil e Cabo Verde.





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