Luanda – O Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), Patrício Vilar, destacou esta quinta-feira a contínua recuperação da empresa Angola Telecom, realçando o trabalho desempenhado pela mesma na negociação com os fornecedores e clientes.
Patrício Vilar, que teceu estas declarações no final de um encontro de trabalho entre o IGAPE e a Angola Telecom, referiu que está recuperação visa “limpar um histórico que a Angola Telecom trás consigo, um passivo significativo”.
Segundo o responsável, hoje a Angola Telecom apresenta resultados líquidos positivos, apesar de reconhecer que ainda há muito trabalho a ser feito.
“Há um trabalho de investimento que precisa de ser melhor coordenado, com outros players do mercado. Não faz muito sentido, estarmos todos a fazer redes de fibra óptica no mesmo sítio”, mencionou.
Realçou a necessidade de um trabalho de inter-coordenação entre as várias empresas que têm feito fibra óptica.
Fez saber que estas empresas não são, necessariamente, só do sector das telecomunicações, mas também do da energia, distribuição de água e caminho-de-ferro.
Prosseguindo, avançou ser necessária uma integração de investimento, porque os recursos são escassos e tem que haver utilização racional dos mesmos.
Questionado sobre a privatização da Angola Telecom, frisou que por via da bolsa não poderá ser (pelo menos nesta fase), por causa da situação económica e financeira da empresa.
“Primeiro é trilhar o caminho, nomeadamente da redução de reservas levantadas pelo auditor externo, e também da redução do passivo que a empresa tem”, prosseguiu.
De acordo com o responsável do IGAPE, a Angola Telecom não tem apenas passivos, também tem dívidas de clientes.
Por sua vez, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Angola Telecom, Adilson dos Santos, disse que as preocupações apresentadas ao IGAPE são relativas ao histórico da empresa, o passivo e a melhor forma de resolução.
Interrogado sobre a fraca aparição da Angola Telecom, o responsável indicou que a empresa está a actuar em vários nichos de mercados, como grossistas, empresariais e residencial.
“Angola Telecom existe, e nas províncias, com grande capacidade”, asseverou.
PCA do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), Patrício Vilar, visitou a Angola Telecom no quadro do programa de acompanhamento as empresas do sector empresarial público.LIL/AC