IDIIA adverte sobre desperdícios na produção de hortícolas

     Economia           
  • Malanje     Segunda, 08 Abril De 2024    14h08  
Directora geral do IDIIA, Filomena de Oliveira
Directora geral do IDIIA, Filomena de Oliveira
Domingos Cardoso - ANGOP

Malanje- A directora-geral do Instituto de Desenvolvimento Industrial e Inovação Tecnológica de Angola (IDIIA), Filomena de Oliveira, considerou hoje, nesta cidade, haver desperdícios na produção de hortícolas, sobretudo do tomate.

De acordo com a responsável, as perdas que se registam no país, com a putrefação do tomate, alegadamente por falta de escoamento e de consumidores, prende-se com a falta de iniciativas dos produtores, por se tratar de um produto que se pode secar ou embalar.

Falando à margem da da primeira Feira Agro-industrial da Região Norte de Angola, que Malanje acolheu de 4 a 7 deste mês, realçou que à semelhança do cogumelo, vulgarmente conhecido por tortulho, o tomate também pode ser secado, mas muitos agricultores não o fazem por falta de conhecimento.

Precisou que para se evitar essas perdas, a indústria deve estar aliada à agricultura, para que a transformação dos alimentos seja uma realidade no país, tendo apelado à legalização das empresas junto do Ministério da Indústria e Comércio com vista à facilitaçao e promoção de importações e exportações de bens.

Advertiu no sentido de não se aplicar valores na produçao sem se pensar no escoamento e na comercialização e quiçá no registo das patentes e qualidade dos produtos, para se dar sustentabilidade aos projectos agro-industriais do país.

Por outro lado, a directora destacou a imponência do Pólo Agro-industrial de Capanda, no município de Cacuso em Malanje, cuja produção alavanca a economia e desafoga o Orçamento Geral do Estado, tendo defendido mais robustez na prática da agricultura, para o combate à fome, uma vez que há oportunidades e potencial hidrico e terras aravéis para o efeito.

Relativamente à primeira Feira Agro-industrial do país, considerou um factor de integração de projectos ligados à agricultura, indústria e outros sectores económicos.

O evento contou com participação de 205 expositores dos ramos da agro-indústria, das províncias de Malanje, Luanda, Huambo, Benguela, Cabinda, Uíge e Cuanza-Norte e atingiu um volume de negócios de 325 milhões de kwanzas, com a venda de produtos agrícolas e industriais, máquinas e equipamentos, entre outros.NC/PBC





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