Luena - O Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF) incentiva a diversificação do mercado da madeira, com a exploração de novas espécies abundantes no país, com vista a estimular a actividade.
Em declarações esta sexta-feira à imprensa, no quadro de visita de trabalho que efectua na província do Moxico, o director-geral do Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF), Simão Zau, reiterou que apesar de continuar a vigorar a proibição da exploração do Mussive, existem outras espécies, igualmente, valiosas para este mercado.
Para a diversificação desta actividade, apontou o Muvula, Mulonde, Mucossua, Muvuca, Mussesse e outras espécies com alto valor financeiro, que podem ser comercializados na Ásia e Europa.
Simão Zau, que falava após um encontro com o governador do Moxico, Ernesto Muangala, reconheceu que a proibição da exploração do Mussive baixou o nível de exploração nas províncias do Moxico e Cuando-Cubango, fomentando o desemprego de um número considerável de jovens nestas regiões.
"Queremos captar e trazer os empresários a explorarem madeira de outras espécies e para isso é necessário fazer um inventário da floresta local", frisou o director-geral do IDF.
Por outro lado, anunciou o leilão no decurso do corrente ano, das madeiras apreendidas, localmente, com a participação de compradores das diversas províncias do país.
Já o Presidente do Conselho Administrativo da Empresa Pública de Madeira de Angola (MADANG E.P), Tomás Pedro Caetano, informou que no Moxico existem três mil metros cúbicos de madeira a evacuar ao mercado, apreendidos por questões técnicas e administrativas.
Prosseguiu que o encontro com o governo do Moxico visou encontrar caminhos para libertar este material, que estão a provocar prejuízos às empresas que atuam no ramo.
No Moxico, estão autorizadas para a exploração quatro empresas, numa área de 20 mil metros cúbicos, durante a campanha florestal 2023/24, em curso.
O país conta com uma superfície de floresta natural estimada em 53 milhões de hectares, correspondendo a cerca de metade (43 por cento) do território nacional e tem uma capacidade anual de corte estimada em 326 mil metros cúbicos de madeira, milhares de toneladas de carvão e lenha.
Deste número de 53 milhões de hectares, a província do Moxico possui 380 mil hectares, sendo a segunda maior no país, depois de Cabinda. LTY/TC/YD