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Exportação de rochas ornamentais com quebra de receitas

     Economia              
  • Huíla • Terça, 30 Janeiro de 2024 | 11h18
Huíla: Blocos de granito negro da Hipermáquinas Angola
Huíla: Blocos de granito negro da Hipermáquinas Angola
Quinito Bumba

Lubango – A exportação de 88 mil 894,7 metros cúbicos de rochas ornamentais produzidas na província da Huíla em 2023 rendeu ao Estado angolano 389 milhões, 353 mil, 387 kwanzas, menos Kz 327 milhões, 885 mil e 994 do que o ano passado.

De acordo com o director do Gabinete provincial para o Desenvolvimento Económico Integrado, Domingos Kalumana, a redução das receitas deveu-se ao desagravamento da taxa de exportação, que passou de cinco (5) para um (1) por cento, desde 2023.

Por outro lado, disse que os 88 mil 894,7 metros cúbicos exportados em blocos bruto representa uma redução de 58 mil 924,6, justificando-a com o execesso de stock no mercado internacional.

Falando esta terça-feira à ANGOP, no Lubango, sobre as actividades desenvolvidas pelo sector dos recursos minerais em 2023, a fonte afirmou que no total foram produzidos 189 mil e 141,8 m³ de rochas, constituíndo um aumento de 14 mil e 926,4.

Dentre as rochas extraídas, constam o granito o negro Angola (o mais produzido no país), o marron e a cohiba, os mais exportados. A província produz ainda o blue in the nigth, o cinza, a rosa Huíla, o silver e o coral black, sendo que a maior parte deste últimos é transformada em indústrias dos municípios do Lubango, Chibia e Humpata.

Salientou que as rochas exploradas, sobretudo nos municípios da Chibia, dos Gambos e do Lubango, tiveram como destinos os mercados da China, Taiwan, Portugal, Espanha, Bélgica, Índia, Itália, Polónia, Coreia do Sul e Emirados Árabes Unidos.

Indústria transformadora afirma-se  

Um milhão, 304 mil e 846 metros cúbicos de rochas foram transformadas internamente por seis empresas instaladas nos municípios da Humpata, Chibia e do Lubango, segundo Domingos Kaluman.

Disse que a transformação é consubstanciada em ladrilhos para revestimentos de pavimentos, como pisos, mesas, bancos, cubos para passeios, que, além do mercado da Huíla, também fornece os de Luanda, Benguela, Huambo e Cuando Cubango, para fazer calçadas e obras de construção civil.

Reforçou que o subsector das rochas ornamentais continua a produzir em “grande escala” e tem a tendência de aumentar com a melhoria do ambiente de negócios para os produtores.  

De acordo com o responsável, essa melhoria passa por superar os constrangimentos que se verificam na transportação, pois os operadores queixam-se da falta de contentores específicos por parte dos agentes transitários, sendo necessário que o Caminho de Ferro de Moçâmedes esteja dotado de maior capacidade de tranrpote, com o aumento de vagões, para levar a carga ao Porto do Namibe.

Pediu a resolução do problema da falta de água e de energia da rede pública nas minas, que tornam oneroso o processo de extracção, bem como das “altas” taxas de exportação praticadas pelo Porto do Namibe.

O director anunciou a instalação na Huíla, nos próximos nove anos, de 35 empresas do sector mineiro, nomeadamente, 26 de exploração e transformação de rochas ornamentais, cinco (5) de ouro, assim como quartzo, nióbio,  britadeiras  e ferro, uma (1) para cada.

A província da Huíla tem actualmente 33 empresas a operar no sector de recursos minerais, sendo 19 de rochas ornamentais e as restantes de água mineral (cinco), ouro (quatro), britadeiras (duas), areeiro (uma), material cerâmica (uma) e de agro-mineral (uma). EM/MS





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