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Governo exige mudanças no transporte de granito para evitar acidentes

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  • Huíla • Quarta, 26 Fevereiro de 2025 | 18h32
Huíla: Blocos de granito negro da Hipermáquinas Angola
Huíla: Blocos de granito negro da Hipermáquinas Angola
Quinito Bumba

Lubango - O Governo da Huíla vai a partir de 05 de Março próximo exigir dos operadores de rochas ornamentais mais cuidado no transporte dos blocos para o Porto do Namibe, para evitar acidentes, que têm sido frequentes e danificam, sobretudo, a estrada.

Cada bloco de granito pesa no mínimo 40 toneladas e é frequente a queda dos mesmos dos camiões que o transportam, tanto por imprudência dos motoristas, como pela forma como são transportados, sendo responsáveis da maior parte dos buracos que são encontrados na EN-280.

O artigo 211 do Código Mineiro angolano faz referência que é responsabilidade das empresas do sector mineiro preocuparam-se com o acondicionamento e as regras de segurança na transportação dos minerais e a nível da Huíla tem se constatado acidentes por conta das pedras de blocos de granito.

Só nos últimos 15 dias, a província registou cinco de queda de blocos de granito nas estradas, dois ocorridos no município do Lubango, na estrada da Eywa, igual número na via de Benguela, na EN 105 e um outro no município da Palanca, na EN-280.

Ao falar num encontro com os operadores de rochas ornamentais na província, o director para o Gabinete para o Desenvolvimento Económico integrado da Huíla, Domingos Kalumana, afirmou que é uma situação “preocupante”, porque existe um investimento do Estado nas estradas que têm estado a se degradar devido a esses acidentes.

“Essa situação não só danifica a estrada, mas também coloca em perigo a vida das pessoas, daí como medida imediata, a partir do dia 05 de Março os blocos devem ser transportados devidamente acorrentados para conferir mais segurança”, reforçou.  

Destacou que para fazer cumprir a medida, os parceiros como os órgão de Defesa e Segurança do Estado e outros, estão informados, no sentido de que no dia 05 de Março, os camiões que não tiverem com as medidas de segurança não poderão circular com a transportação desses blocos.

Domingos Kalumana frisou que ainda 90 por cento das exportações de rochas ornamentais tem origem na Huíla, razão pela qual têm de haver mecanismos de controlo para conseguir distinguir a origem do material e evitar a exploração ilegal desse material, daí a necessidade dos blocos serem devidamente codificados.  

Propôs às empresas de rochas ornamentais uma discussão sobre a criação de um fundo de gestão das empresas para actuações emergências, a ser gerido pela Associação dos Produtores, Transformadores, Comercializadores e Exportadores de Rochas Ornamentais do Sul de Angola (APEPA).

Só desde 2019 a 2023, a Huíla extraiu 598 mil 728 metros cúbicos, destes 88 mil 894,7 metros cúbicos foram exportados para diversos países.

A Huíla tem 33 empresas de exploração de rochas ornamentais e seis de transformação do produto. Tem ainda mais de 50 empresas com títulos de prospecção que deverão posteriormente evoluir para a fase de exploração. EM/MS





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