Luanda – O período de proibição de pesca de carapau, ao longo da costa marítima angolana, para 2024, será reduzido de três para dois meses, devido à reprodução progressiva da biomassa desse pelágico, anunciou esta terça-feira, em Luanda, o director Nacional das Pescas, Victor Chilamba.
De acordo com o responsável, o tempo de vedação do carapau abrange os meses de Junho e Julho, período em os armadores artesanais, semi-industriais e industriais deverão explorar outras espécies marinhas para permitir a reprodução do carapau.
Segundo o director nacional, a medida resulta das recomendações saídas do Conselho de Gestão Integrada dos Recursos Biológicos Aquáticos e do Conselho Consultivo do Ministério das Pescas e Recursos Marinhos (MIN).
Este conselho consultivo, diz o director, também definiu a quota 304 mil toneladas como volume máximo de pescado capturado para os armadores semi-industriais e industriais e que para os armadores artesanais a quota recomendada fixou-se em 186 mil toneladas de pescado para os mares de Angola.
Já o limite de embarcações para o segmento da pesca industrial e semi-industrial, o conselho técnico-científico definiu 250 barcos, subdividida em 120 para os pequenos pelágicos, 100 para médio porte, 20 de grande porte e 10 para outras artes de pesca.
Victor Chilamba referiu que esta quota global de 500 mil toneladas é ligeiramente inferior à cifra do ano anterior, que foi superior a 600 mil toneladas em todos os segmentos de pesca, sendo que a quota das sardinelas baixará de 200 para 120 mil toneladas em 2024.
Na ocasião, a directora do Gabinete de Estudo Planeamento e Estatística (GEPE) Joana Gomes, no período 2023-2027, o Ministério vai continuar a desenvolver acções com vista a assegurar a diversificação económica sustentável, inclusiva e liderada pelo sector privado, com o fito da segurança alimentar.
Neste particular, a responsável avançou que o sector das pescas está a desenvolver um programa de exploração sustentável dos recursos aquáticos vivos e do desenvolvimento da aquicultura sustentável, no quadro da diversificação das exportações e substituição das importações.
O Conselho Consultivo do Ministério das Pescas e dos Recursos do Marinhos, prestigiado pelos ministros das Relações Exteriores e da Agricultura e Floresta, respectivamente, Téte António e Francisco Assis, foi aberto pela titular da pasta, Cármen do Sacramento Neto, que na ocasião reiterou o compromisso da economia azul.OPF/AC