Luena – O vice-governador provincial para o sector Técnico e Infra-Estruturas, Wilson Augusto, assegurou, esta sexta-feira, que o projecto de três mil apartamentos da Centralidade do Luena poderá continuar mesmo após o fim das obras de 425 moradias que começam a ser habitadas no segundo semestre do corrente ano.
O governo estava a ponderar infra-estruturar o terreno reservado a segunda fase da Centralidade do Luena para vender ao público para auto-construção dirigida, devido a escassez de recursos financeiros, numa altura em que as obras da primeira fase, de 425 apartamentos, terminam no I trimestre do corrente ano.
Entretanto, em entrevista hoje à emissora provincial da RNA, que serviu para abordar o processo de candidatura das habitações, Wilson Augusto disse que o governo local, em coordenação com os vários departamentos ministeriais, tem trabalho para que as obras da próxima fase sejam breves.
O responsável reconheceu que os 425 apartamentos da primeira fase, cuja conclusão está prevista para o primeiro semestre do corrente ano, são insuficientes para atender o número de procura do projecto habitacional.
Para dar resposta à problemática de falta de habitações na província, o governo vai usar outras alternativas, como comercialização de terrenos infra-estruturados, para permitir aos cidadãos construírem suas próprias residências em espaços urbanizados.
Sobre a primeira fase do projecto, o responsável disse que o estado avançado das obras, encontrando-se acima de 80 por cento de execução física, justifica para se dar início ao processo de inscrições.
Para tal, disse, já foi criada uma comissão responsável pelo acompanhamento do processo de acesso às habitações da centralidade, que dentro em breve vai anunciar as datas, locais e os procedimentos de acesso.
Segundo o responsável, a aludida comissão vai trabalhar no processo de apuramento dos concorrentes que reunirem condições objectivas, de acordo com a lei, por meio de um sorteio público.
Após esta fase, segundo o vice-governador, a lista dos candidatos apurados será enviada ao Instituto Nacional de Habitação e a Koran-Angola para a formalização (entrega de documentos) e realização do contrato.
Adiantou que todo cidadão que já terá beneficiado de qualquer projecto habitacional construído pelo Estado, a nível do país, não terá condições para concorrer para os apartamentos da Centralidade do Luena.
Questionado sobre alegada demora do início do processo de candidaturas, após ser anunciado em Dezembro último, o vice-governador referiu que estão em fase de conclusão a criação de todas as condições para que o processo seja abrangente e transparente.
Após a sua conclusão, a primeira fase da Centralidade do Luena ficará composta por 50 moradias de um piso, 119 duplex (dois pisos) e 256 apartamentos.
A Centralidade vai ainda contar com 48 lojas, uma escola primária de 12 salas de aula, um posto de saúde e um centro infantil.
