Luanda - O Governo quer trabalhar com as empresas do sector da construção para melhor as infra-estruturas no país, para um desenvolvimento sustentável, disse hoje, em Luanda, o director nacional de infra-estruturas urbanas do Ministério das Obras Públicas e Ordenamento do Território (Minopot), Fernando Francisco.
Ao discursar na abertura da primeira edição do Sika Summit, subordinado ao tema "Desafios e Tendências na Construção em Angola", sublinhou ser necessário partilhar a visão para o futuro do sector da construção.
Fernando Francisco frisou que eventos desta natureza permitem boas perspectivas para contribuir para o desenvolvimento do sector.
Manifestou a abertura e disponibilidade do departamento ministerial em trabalhar com as empresas do sector.
Já o director-geral da Sika Angola, Ricardo Rocha, entende ser necessário apostar mais no sector para que o país tenha obras com mais qualidade e sustentabilidade, para que seja o sustento dos pilares governativos, principalmente para construção de hospitais, estações de tratamento de água e todas as infra-estruturas para desenvolver a economia do país.
Disse ser importante ter um sector da construção, que nos próximos anos tenham mais qualidade e “pernas para andar, pois existe vontade política para desenvolver o país”.
Ricardo Rocha reconheceu o esforço desenvolvido pelo Governo para o desenvolvimento do sector.
“É importante existir normalização do sector, bem como normas angolanas para os materiais e para a construção, o que vai fazer com que aumente a qualidade da construção”, acrescentou.
De acordo com o responsável, as fábricas do sector estão a trabalhar a 40 % da capacidade, por falta de mercado, apesar de terem mão-de-obra e equipamentos disponíveis.
Por seu turno, o director-geral da Fabrimetal, Luís Diogo, destaca que os principais desafios do sector passam a ser a qualidade e sustentabilidade.
“Estamos a dar os primeiros passos, sendo necessário reforçar a necessidade que o país tem de criar maior regulamentação ao nível daquilo que já se produz em Angola”, frisou.
Segundo o empresário, o país produz o suficiente e “agora precisamos produzir com qualidade e a qualidade vai levar-nos a sustentabilidade”.
“Angola precisa fazer o mesmo caminho que os outros países europeus fizeram, e outros mercados, que é obrigar os produtores a produzir de acordo com uma determinada norma, garantindo ao utilizador que vai comprar um produto de muita qualidade”, destacou.