Luanda - O Governo prevê mobilizar recursos internacionais e nacionais para dinamizar a economia verde no país, assegurou, quarta-feira, em Luanda, o director geral da Unidade de Gestão da Dívida do Ministério das Finanças, Dorivaldo Teixeira.
Falando no fórum sobre desafios da governança social e ambiental no sector financeiro angolano, sublinhou que as condições para emissão de financiamentos sustentáveis estão criadas.
“Temos as condições criadas e percebemos os termos de financiamento e o apetite de quem nos vai financiar. No contexto actual, os mercados financeiros não estão muito estáveis, nós também não fugimos desse contexto”, enfatizou.
Dorivaldo Teixeira destaca que existem iniciativas desenvolvidas pelo próprio Estado, no que ao financiamento e investimento público diz respeito, com foco na componente do financiamento social, ambiental e de governance.
“O nosso quadro operacional foi recentemente aprovado em Conselho de Ministros e já se encontra publicado em Diário da República. É um guia que demonstra os passos que o Estado terá que fazer para garantir o financiamento de iniciativas que respeitem estes princípios”, frisou.
De acordo com o mesmo, esse quadro operacional já respeita os princípios verdes das organizações internacionais, estando formatado numa visão de projecto do Estado.
Assegurou que, na componente verde, os objectivos estão devidamente definidos, com projectos de “energias renováveis, uso sustentável da água e protecção do ambiente, e a nível da componente social temos a educação, saúde, capacitação da população vulnerável, bem como a promoção do empreendedorismo e emprego jovem”.
A economia verde é uma economia que busca reduzir os riscos ambientais e a escassez ecológica, e que visa o desenvolvimento sustentável, sem a degradação do meio ambiente.
O conceito de economia verde foi formulado na tentativa de mostrar que o desenvolvimento sustentável e desenvolvimento económico não são contraditórios e que podem se tornar complementares. HEM/AC
