Luanda – A estratégia nacional do plano director de gás natural prevê incentivos para a Sonangol e operadoras petrolíferas internacionais investirem em energias renováveis e limpas, com vista a reduzir as emissões de dióxido de carbono e do metano.
A garantia foi dada esta quinta-feira, em Luanda, pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, durante a sessão do 4º Diálogo entre Estados Unidos da América e Angola sobre Segurança Energética, que teve início hoje, na capital angolana.
Na ocasião, o governante referiu que o plano tem uma visão temporal de 30 anos, para a produção de energia solar, eólica e hidrogénio verde, bem como a exploração de minerais críticos.
Referiu também que a estratégia estimula as companhias petrolíferas a investirem em florestação e reflorestação das zonas costeiras e no interior do país.
De acordo com o governante, o plano de acção do sector de energia para o período 2023/2027 perspectiva melhorar significativamente a segurança energética do país e garantir um fornecimento de energia eléctrica mais estável, sustentável e acessível aos cidadãos.
Sublinhou ainda que Angola tem um potencial de biomassa de três megawatt, zonas onde permite a exploração de energia eólica, com cerca de 18 megawatts e fortes níveis de radiação anual que incentivam a produção de energia solar em todo território nacional.
Segundo Diamantino Azevedo, o país duplicou a produção de electricidade, registando, nos últimos oito anos, um crescimento exponencial na capacidade de produção de energia eléctrica, ao passar de 2,4 gigawatt, em 2015, para 6,2 gigawatt.
Por seu turno, o secretário de Estado adjunto para os Recursos Energéticos dos Estados Unidos da América (EUA), Geoffrey Pyatt, considerou que o programa de Angola sobre as energias renováveis e de cooperação técnica promove contribui para atracção de investimentos no país.
Já o embaixador dos EUA em Angola, Tulinabo Mushingi, reconheceu que no campo das energias limpas Angola está a ser o país líder em África, com cerca de 70% da sua produção eléctrica.
O diplomata reiterou que os EUA vão continuar a apoiar o sector das energias renováveis em Angola, porque o investimento feito está a ser um caso de sucesso, com destaque para o acordo celebrado em Maio deste ano com o ExinBank, avaliado em 900 milhões de dólares para o desenvolvimento da energia solar no país.
O Diálogo entre Angola e Estados Unidos da América é um evento bilateral realizado nos dois países, envolvendo os ministérios dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás e da Energia e Águas, com vista a reforçar a cooperação em segurança energética, transição e descarbonização. OPF/QCB