Luanda – O Governo angolano vai continuar a adoptar medidas excepcionais para impulsionar, cada vez mais, o agronegócio e o aumento da produção de bens de primeira necessidade no país, destacou este sábado, em Luanda, o secretário de Estado para Economia, Ivan dos Santos.
Ao proceder a abertura da segunda edição do Fórum Angolano de Agronegócio, o dirigente apontou o reforço de incentivos financeiros e fiscais para os operadores do agronegócio como factores que poderão alavancar esta actividade em Angola e manter na rota do crescimento socioeconómico.
Referiu que o actual contexto económico mundial apresenta inúmeros desafios, facto que exige a criação de estratégias excepcionais para garantir maior flexibilidade fiscal no país, sem comprometer a capacidade do Estado de captar receitas e executar a carteira de despesas.
Com isso, avançou, pretende-se reduzir o impacto de um dos grandes males que afectam a economia nacional - a dependência excessiva na importação de produtos de amplo consumo no país.
Ivan dos Santos recordou que o Governo angolano está de braços abertos ao investimento privado, com a predisposição de mecanismos que podem facilitar a realização de negócios, estando ciente de ser um processo que requer tempo e solidez, para resistir aos choques externos, políticos e económicos.
Na ocasião, Ivan dos Santos reconheceu que o agronegócio tem sido o principal promotor da diversificação da economia angolana, tendo aumentado de 57% da sua participação no Produto Interno Bruto (PIB), em 2011, para cerca de 75%, em 2022.
Com esse progresso, sublinhou, é possível aferir que o agronegócio afigura-se como factor estratégico nos seus mais variados domínios, como agricultura, pecuária, silvicultura, pescas e aquicultura, bem como o comércio e distribuição de serviços agrícolas.
Destacou também o avanço do processo da diversificação económica no país, que saiu de 1%, em 2019, para 5% nos últimos três anos, com ênfase para a agro-indústria.
Quanto ao fórum, o secretário de Estado para Economia considerou o evento de crucial importância, por representar uma plataforma para a discussão de ideias construtivas e inovadoras, com vista ao reforço do sector do agronegócio em Angola.
Durante o evento, promovido pela empresa angolana Zambeca International Business, os participantes debateram em torno de temas como "A industrialização do agronegócio em Angola", "O poder da autorresponsabilidade no agronegócio", "A criatividade e a inovação para a industrialização do agro", “Trabalho comunitário rural para favorecer o agronegócio angolano", entre outros.
Os respectivos temas foram dissertados por distintos especialistas e empresários agrícolas nacionais e estrangeiros, como a economista Filomena Oliveira, a empresária Paula Bartolomeu, a master coach Vera Neia e o perito em marketing e estratégia política Edgar Leandro. ML/QCB/AC
