Luanda – O ministro da Agricultura e Florestas, António de Assis, esclareceu, quinta-feira (18), em Luanda, que “não há qualquer proibição de importação de proteína animal”, como derivados de porco e de frango, por parte do Governo angolano, que defende a transformação local destes produtos.
Citado numa nota de imprensa a que a ANGOP teve acesso esta sexta-feira, o ministro fez esse esclarecimento durante a audiência que concedeu ao embaixador dos Estados Unidos de América em Angola, Tulinabo Mushingi, que procurou saber sobre o ponto de situação do processo de importação desses produtos.
Em resposta, António de Assis explicou que o Governo angolano apela maior fiscalização, controlo e organização do sector na atribuição de licenças aos operadores económicos que actuam nesse segmento.
“O que temos pedido aos importadores é que, ao invés de importarem pele de frango, pescocinho, patinhas e outras partes do frango, importem o frango inteiro e não as partes deste bem alimentar”, clarificou.
Esclareceu que o mesmo cenário acontece com os derivados de porco, cujo Governo entende que os empresários passem a importar o porco inteiro, que é mais rentável, ao invés das partes dele, que podem ser produzidas no país.
Embora a produção nacional não satisfaça a demanda, o governante explicou ainda que a questão está na redução de gastos de divisas que o país faz com importação desses produtos, que acabam por “não dar dignidade às famílias”.
“Definitivamente, não está proibida a importação da proteína animal, mas há sim prioridades do que deve ser importado, pois a importação dos referidos derivados não é prioridade. Por isso, há a falsa ideia de que estamos a proibir a entrada da proteína animal”, acrescentou.
Por outro lado, o embaixador dos Estados Unidos da América em Angola, Tulinabo Mushingi, disse que tem recebido reclamações de vários empresários e parceiros da Embaixada americana sobre proibição da importação de derivados de aves, gado bovino e suíno por parte do Governo angolano.
O encontro entre o ministro António Francisco de Assis e diplomata americano permitiu abordar questões relacionadas com a cooperação institucional, a proibição ou não da importação de aves, vísceras de gado bovino e suíno, assim como analisar os acordos de cooperação no domínio do inventário florestal de Angola. EH/QCB