Luanda – O Ministério da Agricultura e Florestas, em parceria com o Ministério da Saúde, apresentaram, esta sexta-feira, em Luanda, o Plano Estratégico do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica em Saúde Animal (PESNVESA), orçado em cerca de 232,5 milhões de dólares.
A implementação desse plano, que visa fortalecer e proteger a saúde animal, humana e ambiental, conta com o apoio técnico e financeiro do Projecto de Melhorias dos Sistemas de Vigilância Regional (REDISSE IV Angola) e outros parceiros.
O investimento do projecto, a ser implementado de forma faseado ao longo de cinco anos, permitirá criar respostas rápidas e eficazes às emergências de saúde animal, assim como servirá para promover o acesso aos mercados internacionais e contribuir para o desenvolvimento do sector agro-pecuário angolano.
O documento, que igualmente reforça o compromisso de Angola com o alinhamento internacional e a abordagem de “uma só saúde”, foi apresentado e debatido durante um encontro presidido pelo secretário de Estado para Agricultura e Pecuária, Castro Camarada, contando com os secretários de Estado para Saúde Pública, Carlos Pinto de Sousa, e do Ambiente, Yuri Santos.
Sob o lema “Fortalecendo a saúde animal, humana e ambiental em Angola”, o referido documento está alinhado com o Plano Nacional de Desenvolvimento, a Estratégia de Desenvolvimento da Pecuária em África e com a agenda 2063 da União Africana, promovendo uma visão integrada na agenda regional e global.
A propósito, o secretário de Estado para Agricultura e Pecuária, Castro Camarada, clarificou que o plano resulta de um aprofundado diagnóstico da situação que destacou a necessidade urgente de fortalecer o sistema nacional e eficaz, capaz de assegurar a detenção precoce, resposta célere, controlo eficiente das doenças animais, em especial as zoonoses e as doenças transfronteiriças.
Disse que o documento integra nas acções estratégicas para a prevenção, controlo e erradicação de doenças, fortalecendo a segurança alimentar e a resiliência económica nacional.
O secretário de Estado realçou também que a implementação do plano permitirá reduzir, significativamente, os riscos de doenças ligadas as importações e tornar a produção segura e sustentável, contribuindo na redução da dependência externa e fortalecimento da produção interna, a segurança alimentar e a economia do país.
Considerou o plano como uma peça fundamental no esquema de desenvolvimento da pecuária, apesar de ainda precisar de outros instrumentos, como uma legislação que vai regular as acções plasmadas neste documento.
De acordo com Castro Camarada, Angola gasta, anualmente, mais de 500 milhões de dólares em importação de animais e produtos de origem animal, recursos estes que poderiam ser reinvestidos no fortalecimento da produção nacional. QCB