Luanda - A ministra das Pescas e dos Recursos Marinhos, Carmen Sacramento Neto, afirmou, esta sexta-feira, na República de Panamá, que o Executivo angolano pretende promover no país uma pesca ambientalmente sustentável, eficiente, em termos de recursos, inovadora, competitiva e baseada no conhecimento.
Para tal, disse Carmen Neto, está em carteira a implementação de uma estratégia conducente ao desenvolvimento da economia azul que pressupõe uma visão sistémica do processo de desenvolvimento nos níveis local e nacional, bem como a necessidade de compartilhar direitos, responsabilidades e poder com as comunidades costeiras, especialmente no que concerne à pesca artesanal.
Segundo uma nota de imprensa, a que a ANGOP teve acesso hoje, a governante angolana que falava num dos painéis sobre a responsabilidade de uma pesca sustentável durante a “ VIII Conferência Mundial sobre os Oceanos”, defendeu ainda que é urgente tornar a pesca sustentável uma realidade global.
“Combater a sobrepesca representa um benefício mútuo para nós e para o planeta. Ao conservarmos os nossos recursos marinhos, permitimos que mais pessoas tenham acesso à proteína de que necessitam para uma visão saudável”, sublinhou a ministra.
Referiu que uma gestão mais eficaz da pesca permitiria a recuperação das unidades populacionais e dos ecossistemas, aumentando a quantidade de recursos haliêuticos de forma sustentável e permanente.
De acordo com dados do Ministério das Pescas e Recursos Marinhos, o subsector das pescas e da aquicultura proporcionam empregos significativos, especialmente no no domínio da pesca artesanal.
Estima-se que 150 mil pessoas ganham o seu sustento no domínio das Pescas. Pelo menos 45 mil pessoas vivem directamente da pesca marítima e outras 82 mil estão empregadas em actividades de apoio à pesca e à aquicultura.
Em muitas zonas costeiras, cerca de 50 por cento da população depende directa ou indirectamente da pesca para o seu sustento e subsistência. Mais de 90 por cento do emprego encontra-se na pesca artesanal. As mulheres representam até 80 por cento das pessoas envolvidas no processamento e comercialização artesanal.
A conferência anual sobre os oceanos, que reúne representantes de governos, sector privado, organismos internacionais, organizações não governamentais, académicos e cientistas conta com a presença do seu mentor, o ex -secretário de estado norte-americano, John kerry, que participa como enviado do governo de Joe Biden.
John kerry alertou que a acção humana ameaça a própria capacidade de sobrevivência dos ecossistemas oceânicos.
Integram a comitiva angolana, à VIII Conferência sobre os Oceanos, a embaixadora de Angola em Cuba e não residente no Panamá, Maria Cândida Pereira Teixeira, directora dos Assuntos Marinhos, Tânia Barreto, a directora adjunta do gabinete e consultora da ministra, Sandra Pinheiro de Freitas e Reis Jamba, além de diplomatas da missão angolana em Havana, Republica de Cuba.PPA
