Malanje- O vice-governador de Malanje para o sector Político, Económico e Social, Franco Mufinda, aconselhou, esta terça-feira, os operadores económicos locais a solicitar o auxílio da Polícia Nacional em caso de movimentação de avultadas somas, de modo a prevenir-se de actos criminosos.
Mufinda fazia alusão ao registo, nos últimos tempos, de crimes violentos em estabelecimentos comerciais, tendo os casos mais mediáticos ocorrido a 14 de Junho e que resultaram em dois homicídios e consequente roubo de 24 milhões de kwanzas, para além de ofensas graves à integridade física de um comerciante oeste africano.
Intervindo num workshop sobre a Actividade Económica na Província de Malanje, lamentou o facto de muitos empresários operarem sem observar as medidas de segurança, o que acaba por atrair meliantes, colocar assim em risco o seu património e a vida dos funcionários.
“Em função destes acontecimentos, achamos conveniente promover este debate. Há comerciantes que ainda movimentam avultadas somas de forma imprudente”, justificou.
Por outro lado, Franco Mufinda manifestou-se preocupado com o facto de muitos comerciantes, sobretudo estrangeiros, exercerem actividade na província de forma ilegal, sem visto de trabalho, situação que configura crime nos termos da lei.
Defendeu que a actividade económica deve ser realizada obedecendo os preceitos legais, só assim ela estará desempenhando o seu papel de gerar renda às famílias e arrecadar receitas para o Estado, através de pagamento de impostos.
Um dos pontos abordados no evento tem a ver com o Sistema de Segurança Patrimonial e Financeiro, dissertado pelo comandante da Unidade Fiscal Aduaneira de Malanje, Gaspar Adolfo da Silva, que na ocasião realçou a necessidade dos estabelecimentos comerciais disporem de câmaras de vigilância, agentes de segurança privada, para facilitar os órgãos de defensa e segurança no esclarecimento de eventuais crimes.
O workshop, que juntou representantes da Unidade de Informação Financeira do Banco Nacional de Angola (BNA), da banca comercial, polícia fiscal e operadores económicos, visou analisar a situação da actividade económica e traçar estratégia para melhorar os pontos de estrangulamentos.
Foram igualmente discutidos temas como a formalização da actividade económica, exercício da actividade económica por estrangeiros, combate ao branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo, mecanismos de abertura de contas bancárias, acesso aos Terminais de Pagamento Automático e o papel da ANIESA na fiscalização das actividades económicas. ACC/PBC