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Governante destaca impacto dos estímulos à economia   

     Economia              
  • Luanda • Segunda, 23 Dezembro de 2024 | 22h27
Reunião entre equipa económica do Governo e grupo técnico empresarial
Reunião entre equipa económica do Governo e grupo técnico empresarial
Domingos Cardoso - ANGOP

Luanda - O secretário de Estado para o Planeamento, Luís Epalanga, destacou esta segunda-feira, em Luanda, o impacto da implementação das medidas de estímulos à economia sobre os principais indicadores do sector real até ao terceiro trimestre de 2024.

O governante falava à imprensa no final de uma reunião de balanço entre a equipa económica e o grupo técnico empresarial, orientada pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, durante a qual passaram em revista, entre outros aspectos, os resultados da implementação da agenda económica do Executivo.

Luís Epalanga referiu-se sobretudo ao Produto Interno Bruto (PIB), a inflação e o emprego.

A referida agenda conta um conjunto de medidas de estímulo à economia e de dinamização do seu potencial, consubstanciadas em quatro domínios, nomeadamente, o aumento da produção nacional, apoio no acesso ao financiamento para o sector empresarial, a simplificação e alívio tributário, e a melhoria do ambiente de negócios, que visam, fundamentalmente, estimular a actividade económica no país.

O governante sublinhou o facto de o crescimento do PIB continuar a ser liderado por sectores como a agricultura, que disse estar a crescer em média 4,1%, diamantes, com cerca de 36%, as pescas, com um crescimento expressivo, em torno de 12%, a indústria, que está a crescer em torno de 3%, e o comércio, a volta de 4%.

“Os impactos dão conta de que a actividade económica está a crescer. O PIB cresceu 4,6% no primeiro trimestre, voltou a crescer 4,1% no segundo trimestre, e agora os resultados de que dispomos indicam que o Produto Interno Bruto cresceu 5,5% no terceiro trimestre”, recordou, salientando ser o registo mais expressivo desde o primeiro trimestre de 2015, altura em que esse indicador macroeconómico cresceu 13,5%.

Quanto à inflação, afirmou verificar-se uma desaceleração mensal, desde Abril, como resultado da implementação das medidas de estímulo à economia, passando de 2,6% para cerca de 1,6%, em Novembro último.

Segundo o secretario de Estado, a criação de emprego é igualmente outro elemento resultante da execução da referida agenda, sendo que cresce em média 2,6% e os dados indicam que até ao terceiro trimestre deste ano terão se criado, em média, cerca de 19 mil postos de trabalho.

“Essas três variáveis apresentam o resultado do impacto da implementação desta agenda”, frisou, adiantando que durante o encontro foram igualmente abordadas perspectivas para o próximo ano, em torno do Orçamento Geral do Estado (OGE).

Referiu haver, para 2025, a indicação de uma dinâmica de crescimento acima dos 4% do PIB, a inflação deverá reduzir em cerca de 16%, e que, no âmbito da implementação do Programa de Investimentos Públicos, estão escritos um conjunto de projectos que poderão suportar a actividade económica.

“Há necessidade de concluir obras, então, assumidamente, vamos ter um déficit de 1,5% do PIB, mas nos anos subsequentes poderemos ter os ganhos de concluir esses projectos de investimento público”, disse.

De acordo com o governate, o país vai continuar a experimentar crescimento a nível do sector produtivo, fundamentalmente na agricultura, capitalizando determinadas instituições financeiras, com a criação de linhas de financiamento para pequenos produtores.

Considerou ainda o crescimento do sector petrolífero, contrariamente ao que se foi verificando nos últimos anos.

A perspectiva de fecho é que o mesmo vem a crescer em torno de 3%, quando nos últimos anos a média foi de queda em cerca de 2%, 2,6%, sublinhou.

Para si, é fundamental a recuperação consistente do sector produtivo, a qual se pretende que mantenha em 2025.

O aumento da liquidez no mercado nacional, bem como a tributação e a fiscalidade foram algumas das preocupações apresentadas pelo grupo técnico empresarial como sendo  aspectos fundamentais que podem reflectir na vida das populações e na economia real.

Em declarações à imprensa, Ramiro Barreira,  porta-voz do grupo técnico empresarial, disse ter sido um encontro produtivo, na medida em que permitiu ao Governo apresentar os dados, pelo menos do último trimestre, relativos à evolução da economia e os constrangimentos registados.

O também presidente da Associação dos Hotéis e Risortes de Angola referiu que o crescimento no sector não petrolífero dá um alento aos empresários, com realce para a agricultura e outras áreas estruturantes para a economia.

Relativamente à hotelaria e turismo, disse que o sector empresarial mostrou-se satisfeito com um dos pontos abordados referente ao trabalho em curso do Executivo para um financiamento a empresas ligadas ao sector, facto que, na sua opinião, vai permitir revigorar e criar alguma capacidade financeira para obtenção de meios técnicos. MGM/VC

 





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