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Governador do BNA destaca expansão dos serviços bancários

     Economia              
  • Cuando Cubango • Terça, 09 Janeiro de 2024 | 09h19
Governador do BNA, Manuel Tiago
Governador do BNA, Manuel Tiago
Joaquim Tomas-ANGOP

Menongue - O governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Manuel Dias, afirmou, esta segunda-feira, em Menongue, capital do Cuando Cubango, que a expansão dos serviços bancários é fundamental por contribuir para uma maior integração e participação da população aos serviços.

Manuel Dias falava à imprensa, no final do encontro de cortesia com o governador do Cuando Cubango, José Martins, no quadro da sua visita de constatação, ajuda e controlo à Delegação Regional do BNA.

O governador do BNA, para quem os níveis de literacia financeira podem ser melhorados com uma maior inclusão financeira, considerou que a expansão dos serviços bancários podem, igualmente, contribuir para a formalização da economia do país e o próprio desenvolvimento económico.

Conforme o gestor, os estudos elaborados ao nível do BNA permitiram concluir que os níveis de literacia financeira, sobretudo por meio da bancarização da população, ainda são extremamente baixos no país, situados na ordem dos 30 por cento.

Estes níveis, explicou Manuel Dias, podem ser melhorados com uma maior inclusão financeira, razão pela qual, a nível do país, se está a trabalhar numa estratégia de inclusão financeira que, nos próximos cinco anos, irá contribuir para uma maior inserção monetária, que também constitui um dos objectivos perseguidos pela instituição, no âmbito do seu plano estratégico para o período 2023/2028.

O governador recordou que, durante muito tempo, o kwanza foi introduzido como instrumento de pagamento a nível da economia nacional e tem passado por vários períodos, caracterizados por altos e baixos, com alterações inclusive na própria denominação.

Neste quesito, referiu que, apesar dos períodos menos bons que caracterizaram a economia, o kwanza continua a ser considerado “um símbolo nacional, uma moeda com o poder liberatório a nível nacional e aceite por todos os cidadãos do país.

De acordo com Manuel Dias, o compromisso do BNA, enquanto instituição que vela pela estabilidade dos preços na economia, é de tudo fazer para que se possa preservar o valor da moeda nacional.

Questionado sobre a avaliação ao desempenho da moeda e ao que está a ser feito para colocar o kwanza próximo das maiores moedas de circulação no mundo, afirmou que, além do poder liberatório em Angola, a moeda nacional é aceite nos países limítrofes.

“Acreditamos que, com o esforço de todos, quer do BNA quer dos agentes económicos, com mais estabilidade, principalmente nos preços, poderemos ter um kwanza cada vez mais forte e capaz de responder aos anseios da população angolana, principalmente no que diz respeito às funções fundamentais da moeda nacional”, sublinhou.

Sobre o desafio do Executivo angolano em manter a inflação em 15 por cento ao longo de 2024, disse ser uma preocupação de todos, apesar de o BNA ter responsabilidades acrescidas, reiterando que a estabilidade dos preços na economia depende essencialmente do aumento da produção de bens e serviços.

Cuando Cubango com cobertura bancária em cinco municípios

A nível do Cuando Cubango, apenas Menongue, Cuito Cuanavale, Mavinga e Calai possuem representações bancárias, do Banco de Poupança e Crédito, enquanto Dirico possui do Banco Sol.

Na ocasião, o governador desta província, José Martins, solicitou a intervenção do governador do BNA no sentido de apelar aos demais bancos para que possam fazer chegar os serviços nos municípios de Cuangar, Cuchi, Nankova e Rivungo, numa altura em que apenas do Banco Sol abriu, em Novembro de 2023, um posto de atendimento.

Admitiu que a inexistência de serviços bancários naqueles municípios tem criado constrangimentos para as populações e para os profissionais dos sectores da saúde, educação, administração local e os efectivos dos serviços de defesa e segurança, que chegam a abandonar os postos de trabalho para se deslocarem à Menongue, com o intuito de realizarem operações financeiras.

O governador vaticina que a presença dos serviços bancários em todos os municípios poderá permitir que a população tenha maior conforto económico.

Esclareceu que as dificuldades em aceder aos municípios, pela inexistência de vias de acesso, têm influenciado negativamente no custo de vida das populações, já que as viagens entre Menongue, sede capital da província, e outros municípios pode chegar a custar até 36 mil kwanzas, no percurso ida/regresso. MSM/ALK/FF/PLB

   

 





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