Benguela - O governador de Benguela, Luís Nunes, pediu, esta sexta-feira, mais união à classe empresarial local, face às potencialidades económicas da província, soube a ANGOP.
Na sua intervenção durante a inauguração da sede da Aliança Empresarial de Benguela, Luís Nunes considerou que a entrada em funcionamento do Corredor do Lobito e da Refinaria, vão fazer da província o maior centro logístico do país.
"A classe empresarial benguelense tem de lutar para estar dentro do negócio, mas para isso tem de estar unida. A união faz a força", alertou.
Por sua vez, o presidente da Aliança Empresarial de Benguela, Adérito Areias, afirmou que não tem dúvidas de que o Corredor do Lobito será um dos grandes pólos de desenvolvimento do país e, por isso, tudo irão fazer para aproveitar as oportunidades que surgirem.
Referiu-se sobre o actual estado do empresariado da província, reconhecendo que "deve estar melhor organizada para poder prestar melhores serviços".
"Hoje, o amadorismo em Angola acabou. Para podermos participar nos concursos e nas realizações, temos de estar devidamente organizados e bem municiados para poder fazer face aos desafios", afirmou.
Questionado sobre as panificadores e lojas de materiais de construção "nas mãos" de cidadãos libaneses e eritreus, Adérito Areias retrucou, "porquê que o estrangeiro faz uma padaria no país e o angolano não?".
Disse que este pensamento não tem nada a ver com xenofobia, mas o angolano tem potencialidades, apenas precisa empreender.
"Muitos angolanos preferem alugar os alvarás aos estrangeiros. Devemos acreditar e ter uma grande auto-estima para dizer que somos capazes", concluiu.
A Aliança Empresarial de Benguela agrega dezoito associações, quatro das quais assinaram o livro de honra esta sexta-feira.
Tem como missão, apoiar o desenvolvimento das actividades sócio-económicas da provincia, através das suas associadas, empreendedores e colaboradores. TC/CRB
