Benguela – Trinta e cinco toneladas de arroz serão colhidas até finais de Maio deste ano, no município da Ganda, província de Benguela, soube, esta terça-feira, a ANGOP.
Segundo o administrador daquele município, Francisco Prata, duas cooperativas locais, nomeadamente a "Tulingui Upangue" e a "Família Kiamanda", apostaram na produção de arroz, a título experimental, numa área de 22 hectares.
"Elas aceitaram o desafio, cultivaram a terra e lançaram a semente de arroz, prevendo-se uma colheita de 35 toneladas até finais de Maio do corrente ano", afirmou.
Francisco Prata fez saber que, em 2024, o município já havia colhido 25 toneladas de arroz, comercializadas nos principais mercados da província.
O responsável disse que a Ganda pretende, com este projecto, ajudar, paulatinamente, no combate à dependência da importação deste produto, bem como reduzir a fome e a pobreza das famílias.
“Se cada família produzir arroz acima da média, será o suficiente para combater a fome e a pobreza na região”, considera.
Por outro lado, garantiu que a Administração Municipal da Ganda vai continuar a apoiar as cooperativas e a agricultura familiar, através da distribuição de sementes, fertilizantes e equipamentos agrícolas, para que possam aumentar a produtividade e combater a fome e a pobreza.
Entretanto, o responsável da cooperativa Tulingui Upangue, Adelino Kateve, afirmou que uma das principais dificuldades que aflige os produtores do arroz é a falta de uma máquina descascadora.
Na mesma senda, disse que os produtores necessitam igualmente de mais charruas, foices, carros de mão e máquinas pulverizadoras, devido às pragas.
O responsável deu ainda a conhecer que, este ano, o produto colhido na região será comercializado pelo Grupo Carrinho.
Angola gasta anualmente milhões de dólares com a importação de arroz. Este cereal é um componente essencial da alimentação dos angolanos, mas ainda não é produzido localmente em quantidade suficiente para satisfazer a procura.
Em 2024, o país gastou 223,1 milhões de dólares com a importação de 339 mil toneladas do cereal. CRB