Luanda - A República de França pretende alterar e aprofundar as relações comerciais com Angola, no âmbito da diversificação económica em curso no país, declarou hoje o embaixador acreditado em Angola, Daniel Vosgien.
Segundo o diplomata francês, as relações comerciais entre os dois países assentam, sobretudo, na exploração de petróleo e gás.
À margem de uma reunião com o ministro do Comércio e Indústria, Victor Fernandes, o diplomata Daniel Vosgien disse que as exportações de petróleo de Angola para França rondam os 400 milhões de dólares norte-americanos.
Paralelamente a este facto, esclarece o diplomata, a França tem uma posição forte em Angola, com mais de 70 empresas a operar no país, com mais de 10 mil empregados fixos.
De modos a alterar a balança comercial entre os dois países, o embaixador gaulês, disse que abordou com o dirigente angolano, questões ligadas à industrialização de Angola, particularmente nos domínios da logística e distribuição e no agro negócio.
O embaixador avançou que foram identificadas já novas aéreas de negócios em Angola, sendo algumas para ampliação para o governo francês e empresários.
“ Acreditamos no caminho que Angola está a trilhar para desenvolver a diversificação da economia no campo da agricultura, da indústria bem como dos serviços, aliado às infra-estruturas de transporte e energia”, disse, considerando que Angola tem um grande potencial, no domínio da infra-estrutura e posicionamento estratégico geográfico.
Para o efeito, avançou, Angola precisa traçar e manter uma politica forte de educação e de formação profissional para aproveitar da maneira mais eficaz o capital humano cada vez mais crescente, promovendo o desenvolvimento do país, aconselhou.
Questões ligadas às perspectivas da integração de Angola na Zona de Comercio Livre Africana (ZCLA) e integração regional foram igualmente abordadas durante o encontro.
O embaixador Francês prometeu visitar algumas províncias e depois levar o interesse aos empresários franceses.
O embaixador de França, acreditado a 15 de Dezembro de 2020, é diplomata desde 1994. Já exerceu as mesmas funções na Alemanha, Suíça e Portugal.