Luanda - O Fundo Monetário Internacional (FMI) faz, nesta quarta-feira, a primeira avaliação pós-financiamento à Angola, um total de 4,5 mil milhões de dólares americanos.
Trata-se da reunião da 1ª Missão de monitoramento do FMI, depois de ter concluído, a 22 de Dezembro de 2021, a sexta e última avaliação do Programa de Financiamento Ampliado.
O programa de monitoramento pós financiamento visa permitir ao FMI acompanhar a evolução das políticas macroeconómicas do país, bem como os potenciais riscos que impactam na capacidade de Angola de receber os seus compromissos internos e externos.
Esta primeira Missão em que participarão representantes de vários departamentos ministeriais, será liderada pelo quadro sénior do FMI, Amadou Sy.
São aguardos no encontro, representantes do Instituto de Gestão de Activos do Estado (IGAPE), da Administraçao Geral Tributária (AGT), dosc ministérios da Economia e Planeamento (MEP), dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET).
Representantes do Banco Nacional de Angola (BNA), da Agência Nacional de Petróleo e Gás e Biocombustíveis (ANPG) Sonangol, o Instituto Regulador de Derivados de Petróleo (IRDP), bem como outras entidades privadas ou reguladas por legislação privada como por exemplo os bancos BPC e Económico, também foram convocados.
O Programa de Financiamento foi aprovado pelo Conselho de Directores Executivos do FMI, a 7 de Dezembro de 2018, com uma duração de 3 anos.
Inicialmente, o mesmo previa um pacote financeiro de Direitos Especiais de Saque (DES) equivalentes a cerca de 3,7 mil milhões de dólares americanos.
Mas, em virtude do surgimento da pandemia da Covid-19, a pedido do Executivo angolano, com o objectivo de fortalecer o país na luta contra a pandemia e mitigar os seus efeitos sanitários, económicos e sociais, bem como assegurar a implementação das reformas perdidas que vinham sendo desenvolvidas – o FMI aprovou um aumento de acesso de 72% da quota, a título de fundos de emergência, elevando o cumulativo de acesso de 361% para 433% da quota.
Neste contexto, o FMI concedeu para Angola um desembolo correspondente de Direitos de Saque Especial equivalente a cerca de 765 milhões de dólares americanos.
Assim, o financiamento inicial foi elevado de 3,7 mil milhões de dólares americanos para 4,5 mil milhões de dólares americanos.NE