Financiamento do PRODESI entre os destaques da semana

     Economia           
  • Luanda     Segunda, 10 Julho De 2023    23h12  
Pormenor da Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo(Foto ilustração)
Pormenor da Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo(Foto ilustração)
Cedida

Luanda – O financiamento de cerca de 1.4 biliões de kwanzas aos 4 mil 795 projectos do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição de Importações (PRODESI), consta dos destaques do Desk Económico na semana que hoje termina.

A informação foi feita em Luanda, pelo secretário de Estado para Economia, Ivan dos Santos, tendo referido que os financiamentos perspectivam criar cerca de 75 mil 464 empregos directos, sem contabilizar os indirectos.

Segundo o responsável, que falava no habitual briefing do Ministério da Economia e Planeamento, em sede dos projectos aprovados, o Programa de Apoio ao Crédito (PAC) tem mil 923 projectos, equivalente a 76 mil milhões de kwanzas.

De acordo com o mesmo, os projectos desembolsados foram de mil 439, estimado em aproximadamente 59 mil milhões de kwanzas.

Destacou-se ainda na semana que o consórcio internacional, encarregue de explorar o Corredor do Lobito, num período de trinta anos, reitera a promessa de investir 500 milhões de dólares em Angola e cerca de 100 milhões na República Democrática do Congo.

Denominado “Lobito Atlantic Railway”, o consórcio, formado pelas empresas Trafigura da Suíça, a Mota-Engil de Portugal e a Vecturis SA da Bélgica, passa oficialmente, a partir da terça-feira, 04, a explorar o transporte de carga no corredor ferroviário do Lobito.

Intervindo na cerimónia de transferência da concessão dos serviços ferroviários e da logística do Corredor do Lobito, o presidente da Comissão Executiva da Trafigura, Jeremy Weir, considerou ser um investimento significativo para tornar este corredor operacional e rentável no futuro.

Jeremy Weir reconhece que o potencial deste projecto é tão grande que recebeu o apoio do Governo dos Estados Unidos da América, tendo em vista um novo pacote de 250 milhões de dólares.

Ainda sobre os investimentos no Corredor do Lobito, o ministro dos Transportes, Ricardo D`Abreu, disse que vão permitir atingir a fasquia de transporte de um milhão e meio de toneladas de carga em três anos, contra as actuais 300 mil toneladas.

Falando em entrevista à Televisão Pública de Angola (TPA), o governante referiu que o período de crescimento do Corredor do Lobito começa agora, ano um (1), para atingir a velocidade cruzeiro nos próximos cinco anos.

Segundo o governante, tudo está a ser feito para que as mercadorias transitem no corredor, sem qualquer pagamento de direitos aduaneiros, com base no acordo de facilitação de mercadorias.  

Na semana finda, a Sonangol desmentiu as informações postas a circular em alguns meios de comunicação social sobre alterações no preço do gás doméstico.

Em nota de imprensa, a petrolífera angolana informa que o preço se mantém inalterado e refere que tais informações não correspondem à verdade.

Ressaltou-se também um investimento de cerca de 200 milhões de dólares que vai ser aplicado, nos próximos tempos, na província do Bengo, para a construção de uma fábrica de alumínio.

Para o  efeito, um acordo foi assinado entre os responsáveis da empresa angolana Sino Ord Park Industrial  e a chinesa O.T.Internacional, no Terceiro Fórum Económico China /África, que decorreu na província de Huan (China).

Mencionou-se, igualmente na semana, a notícia que dá conta que a Unidade Industrial BTMT, instalada na Zona Económica Especial (ZEE), em Luanda, é a primeira empresa que foi privatizada este ano, no âmbito do Programa de Privatizações, PROPRIV (2023-2026), que prevê alienar 73 activos/acções do Estado.

Sem avançar o valor da venda da unidade fabril, vocacionada à produção de equipamentos e aparelhos eléctricos de baixa e média tensão, o secretário de Estado para as Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos, disse que o processo de alienação das demais empresas decorre segundo o cronograma definido por esse plano.

Também na semana que hoje finda, divulgou-se que trinta avicultores do município do Cuvango, provincial da Huíla, beneficiaram da segunda dotação de mais cinco mil pintos de raça rústica, para o fomento da produção de frangos e ovos, numa iniciativa da Administração local.

Trata-se de um projecto que visa potenciar as famílias que residem no meio rural, para que possam contribuir para à melhoria da dieta alimentar, no âmbito do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza (PDLCP), tendo há seis meses um grupo já beneficiado de igual dotação.

Ressaltou-se também, durante os sete dias, que cerca de 3 mil milhões de kwanzas foram disponibilizados à operadora KixiCrédito para conceder empréstimos a 6 mil projectos, inseridos no Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI).

Falando, após a inauguração do 32º posto de atendimento específico para o PREI, no mercado do São Paulo, no município de Luanda, o presidente do Comité Executivo da instituição, Joaquim Catinda, avançou que o montante é referente à segunda fase do projecto de reconversão da economia informal, iniciada em Maio último.  

A administradora executiva do Instituto de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), Paula Coelho, diz que, desde a inauguração da loja, cerca de mil 580 micro-empreendedores foram registados nesta fase, estando a ser capacitados.  

O anúncio de que o aproveitamento Hidroeléctrico da Matala estará em funcionamento pleno, a partir de Dezembro deste ano, com a conclusão da reparação das duas últimas, de três turbinas de geração de electricidade, marcou igualmente a semana.

Segundo o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, a segunda turbina começa já a ser ensaiada em Agosto e a última e Dezembro.

Para o governante, a entrada em funcionamento pleno desse aproveitamento, “vai reduzir consideravelmente” o consumo de gasóleo nas centrais térmicas do Lubango, que para além de cinco municípios da Huíla, abastecem também o Namibe.

Destacou-se igualmente que o Produto Interno Bruto (PIB) em Angola registou, no I trimestre de 2023, o crescimento de 0,3%, em relação a igual período anterior, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Falando no habitual briefing do MEP, onde apresentou os dados divulgados pelo INE, o Chefe do Departamento para Política e Gestão Macroeconómica do Ministério da Economia e Planeamento (MEP), Martins Afonso, indicou que o referido facto foi sustentado, maioritariamente, pelo sector não petrolífero, que cresceu 2,8%, não obstante uma contracção do PIB petrolífero em 8%.

O responsável explicou que o desempenho do PIB não petrolífero foi sustentado maioritariamente pelo sector dos transportes que cresceu 27%, sector da extracção 22,9%, energia e água com 7,80%, outros serviços 2,9%, comércio com 2,5% e agro-pecuário, com 0,9%.JAM/AC





+