Finanças recapitaliza FGC face aos resultados animadores

     Economia           
  • Luanda     Segunda, 27 Março De 2023    17h16  
Sede do Ministério das Finanças (Foto ilustração)
Sede do Ministério das Finanças (Foto ilustração)
Pedro Parente

Luanda –O Ministério das Finanças está a recapitalizar o Fundo de Garantia de Credito (FGC), para assegurar a sua solvabilidade e robustez financeira, afirmou a secretaria de Estado do Orçamento e Investimentos Públicos, Juciene de Sousa.

Sem avançar o valor de recapitalização, disse apenas que nos últimos dos 10 anos, o FGC beneficiou, por via do Orçamento Geral do Estado (OGE), 300 mil milhões de kwanzas, que permitiu assegurar a emissão de 770 garantias para empresas angolanas.

“Face  a esta relevância social  económica e  abrangência  nacional,  estamos  a recapitlizar o Fundo para assegurar  a sua  solvabilidade e robustez  financeira, no âmbito da recapitalização  e  reformas  global dos  fundos”,  avançou Juciene de Sousa.

A responsável que interveio na cerimónia de assinatura do Memorando de Entendimento entre o FGC e o Fundo  Africano de  Garantia (AGF  sigla em inglês),  disse  no referido período, os 10 anos, o FGC promoveu  em parceria com a rede de bancos  comerciais, a criação de cerca de 20 mil postos de trabalho principalmente nos sectores da agricultura, pesca, pecuária  e industria alimentar.

Depois do programa Angola Investe, lembrou, responsável pelo surgimento de projectos ainda operacionais, disse que, actualmente,o país conta com nove instrumentos comprometidos com  fomento da produção nacional.

Entre os instrumentos financeiros, aponta o Programa de Apoio ao Crédito (PAC),  o Programa de Desenvolvimento da Agricultura Comercial e o Aviso  nr.10 sobre responsabilidade do Banco Nacional de Angola (BNA), que orienta os bancos comerciais a concederem créditos ao sector real da economia.

Os referidos  instrumentos, segundo a secretaria de Estado, contribuíram para a redução das importações como realce para o milho, água mineral  e ovos.

Segundo Juciene Sousa, foi com esta visão que o Governo angolano criou o Fundo de Garantia de Crédito,  por via do Decreto  Presidencial  nr.78/12, de 04  de Maio, para assegurar a vitalidade das pequenas empresas mediante mecanismos de acesso à  garantias públicas que obedece critérios rigorosos, transparentes e uma gestão profissional.

Sobre o Memorando assinado, exortou ao FGC tirar o máximo de proveito e experiência do “Africa Garantee Fund” em termos de dos mecanismos de partilha de risco adoptados a diferentes realidades do nosso continente, destinado a  apoiar as MPME, no seu papel de motor de crescimento.

“Temos expectativas voltadas a melhoria da forma como serão utilizadas as garantias, colmatando as dificuldades dos empresários no acesso ao crédito”, apontou.

 Mais fundos e garantias                                

O presidente do Conselho de Administração do FGC, Luzayadio Simba, admitiu a existência de alguns riscos associados à actividade, mas considera de “animadores” os resultados obtidos, que  desafiam a reforço da instituição a intervir na relação “ triangular” entre empresas, bancos comerciais e o FGC .

“ (…) Por isso, justifica-se a  capitalização  Fundo de Garantia de Crédito no actual  contexto  que vivemos, para que possamos estimular o surgimento de 500 novos projectos viáveis durante o quinquénio, de forma que a acção destas  iniciativas tenham impacto  significativo na economia e no desenvolvimento do país”, referiu.

Luzayadio Simba disse que se augura disponibilizar cerca de 300 mil milhões de kwanzas, a curto médio prazo, com  vista a emissão de novas garantias, ou seja, 500 novos projectos viáveis para os próximos cinco anos.

Actualmente, o Fundo  mantém conversações com diversas  diversas  lideranças  de cooperativas  e de associações de camponeses que, em breve, ira terminar com a realização de um encontro de auscultação, previsto para o segundo trimestre deste ano.NE





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