Luanda – Um projecto sobre transição energética, que vai contar com envolvimento de jovens, foi apresentado, esta sexta-feira, na 39ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA 2024), numa iniciativa da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol).
Segundo o director comercial da Sonangol Gás e Energias Renováveis, Iuri Costa, que falava à imprensa, durante a conferência sobre petróleos, que abordou o tema “Responsabilidade ambiental, energias renováveis e a transição energética”, referiu que o evento visou ilustrar aos estudantes do Instituto Superior Politécnico de Tecnologia e Ciências a iniciativa da petrolífera estatal neste segmento.
Referiu que a instituição tem a vertente formativa alinhada com a vertente de implementação de projectos.
Acrescentou ainda que a conferência permitiu fornecer conhecimentos aos jovens e reforçar o alinhamento da componente educacional.
Ressaltou que a petrolífera nacional está alinhada e conectada com a componente do capital humano e o ensino.
Quanto à implementação de projectos de energias renováveis, disse que existe vários projetos desse sector, com realce para o de Caraculo, na província do Namibe, que consiste na produção de 25 megawatts para rede nacional, o projecto de instalação de gás no município do Cubal (Benguela), que funciona com painéis fotovoltaicos 24/24 e acompanhado de baterias e um poste de abastecimento (PA), que funciona com um sistema de energia solar.
“Estamos a investir fortemente na eletromobilidade e temos o projetos do PA dos Ramiros, onde incluímos um sistema de carregamento de veículos elétricos, para além do PA do Kilamba, que vão funcionar com painéis solares e baterias”, revelou.
Adintou que os projectos de implementação de postos de carregamento de veículos elétricos encontram-se em conclusão, estando a espera da legislação de mobilidade, a ser aprovada em Conselho de Ministros, em alinhamento com o Ministério dos Transportes.
O quarto dia da FILDA foi dedicado aos EUA, com a realização de um fórum empresarial, que reuniu investidores dos dois países.
Fizeram, igualmente, parte do programa de hoje temas como "Zonas económicas: Implementação de infra-estruturas para o fomento e diversificação económica rumo à sustentabilidade", "O papel do turismo no desenvolvimento económico de Angola" e "Desafios e oportunidades de licenciamento da actividade comercial com o processo simplifica".
A FILDA, que conta com mais de mil e 350 expositores do que na edição anterior, é a maior montra de promoção nacional, da realização de negócios e do fomento de empregos. Inclusivamente, o carácter internacional do evento também tem uma impressão digital no fomento da diversificação da economia.
A 39ª edição da FILDA decorre sob o lema "Segurança alimentar e parceria internacional: O binómio da diversificação económica”, numa área de 144 mil metros quadrados, sendo 42 mil de área lúdica de exposição.
A sua realização na Zona Económica Especial configura-se como um convite directo ou indirecto ao investimento em Angola.
Nesta edição, a feira conta com a participação de países como África do Sul, Namíbia, Itália, Alemanha, Brasil, Portugal, EUA, Coreia do Sul e Turquia. EH/QCB