Luanda – A concretização de parcerias empresariais, com destaque para o reforço da produção agroalimentar no país, foi um dos principais destaques da 39ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA 2024), que encerrou esta noite (domingo), na Zona Económica Especial (ZEE).
Realizada de 23 a 28 de Julho de 2024, sob o lema "Segurança alimentar e parceria internacional: o binómio da diversificação económica”, a maior bolsa de negócios assumiu-se como um evento comercial de dimensão internacional em Angola, proporcionando uma oportunidade para consolidar parcerias no mercado e fortalecer as relações comerciais, segundo os expositores.
O certame, que contou com mais de 1 700 expositores, entre nacionais e estrangeiros, contra 1 350 da edição anterior, ficou igualmente marcado com a maior enchente de sempre, que durante seis dias tiveram a oportunidade de interagir e fazer negócios, para além de mostrar a potencialidade produtiva do país.
Para o gestor da fazenda Marsiris, um dos expositores proveniente do município do Luquembo (Malanje), Luís Cassoca, o positivo foi positivo, por ter recebido muita visita e permitir promover os diversos produtos expostos, com realce para a cultura de arroz, um dos cereais mais consumidos em Angola.
Segundo a fonte, no ano passado, a produção de arroz foi de aproximadamente 10 mil toneladas, pprecisando-se de aumentar os campos para alcançar as 15 mil toneladas.
Além do arroz, a fazenda apresentou também a produção de batata-doce e divulgar a actividade de suinicultura, que se prevê produzir 15 mil toneladas de carne de porco.
Quanto à batata, para esta primeira safra, prevê-se ter um total de 30 mil toneladas.
Já a responsável de qualidade da empresa Yokimbo, Jémima Miúdo, destacou que, durante a exposição, foi possível estabelecer parcerias com várias instituições, principalmente futuros fornecedores de matéria-prima.
“Os nossos produtos podem ser encontrados a nível de país todo. Temos um balanço positivo, porque aqui na FILDA conseguimos criar grandes parcerias”, afirmou.
Em declarações à ANGOP, a expositora de fuba de milho, com a marca Yokimbo, disse que, além grandes parcerias, o evento serviu para atrair potenciais clientes e financiadores, que como conseguiu-se tri ar contactos de outros produtores de milho, que é a principal matéria-prima da empresa.
Referiu que a fábrica de processamento de milho, localizada no Pólo Industrial de Catumbela, em Benguela, apresentou também os seus produtos.
Com uma capacidade produtiva diária de 250 toneladas de milho, disse que a fábrica conta com um avançado sistema de armazenamento, composto por três silos externos, proporcionando espaço para até 4 000 toneladas de milho.
Quem também deu uma nota positiva à realização da FILDA 2024 foi o gestor de produtos corporativos da direcção de vendas da Africell Businesses, Ludieco João, tendo em conta a adesão massiva de visitantes no seu stand e no evento, em geral.
Sublinhou que, durante seis dias, o seu stand recebeu muitos visitantes e reforçou a lista de contactos com empresas interessadas nos serviços da Africell.
Outro feirante que também enalteceu o evento foi o Jackson Manuel, tendo realçado que, ao longo dos dias de exposição, foi possível estabelecer contactos com diferentes actores que lidam com os produtos para impulsionar a produtividade de maneira mais direccionada e sustentável.
Considerou a FILDA como um espaço para se promover mais os produtos e estar próximo dos clientes.
“Sentimos que as pessoas tinham muito interesse em saber mais sobre os nossos produtos, durante a feira”.
Já o director de Marketing e Negócios Digitais da Unitel, Teodoro Fernandes, considerou positivo o evento, destacando o compromisso contínuo com a inovação e a excelência, sendo que a empresa venceu o Leão de Ouro na categoria de Telecomunicações e Tecnologia.
Entre os produtos e serviços que estiveram patentes na feira destacam-se bens agrícolas, peixe seco, bebidas, equipamentos para agricultora e exploração mineira, bem como materiais informáticos serviços bancários, seguro e consultoria empresarial.
Esses produtos e serviços estiveram divididos em duas naves e na parte exterior das tendas, onde foram expostos os equipamentos e máquinas agrícolas e de exploração mineira.
A par disso, despertou igualmente o interesse dos visitantes as peças artesanais e música do grupo tradicional da Lunda-Norte, Sassa Tchokwe.
Na feira também foi instalado um parque infantil, que proporcionou às crianças momentos de alegria e descontração, atraindo maior número de petizes no sábado e domingo, dois dias que se registaram maior adesão de visitantes.
Antes do dia de encerramento, a organização do evento distinguiu os expositores que mais se destacaram durante a feira, com destaque para a petrolífera Sonangol, que venceu o grande premio “Leão de Ouro”.
Durante seis dias, a maior bolsa de negócios de Angola também recebeu a visita da Vice-Presidenteda República, Esperança Costa, do primeiro-ministro português, Luís Montenegro, governantes, diplomatas, entre outras individualidades.
Promovida pelo Ministério da Indústria e Comércio, em parceria com a Eventos Arena, a FILDA constitui a maior montra de promoção nacional, realização de negócios e do fomento de empregos.
Essa edição, realizada numa área de 144 mil metros quadrados, sendo 42 mil de área lúdica de exposição, contou com a participação de 19 países, com realce para África do Sul, Namíbia, Itália, Alemanha, Brasil, Portugal, EUA, Coreia do Sul, Indonésia, Turquia e Canadá.
A sua realização na ZEE – Zona Económica Especial, Luanda – Bengo configura-se como um convite directo ou indirecto ao investimento em Angola. HM/QCB
