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FIDA precisa USD 2 mil milhões para apoiar população rural no mundo

     Economia              
  • Luanda • Sábado, 16 Dezembro de 2023 | 18h41
Produção de milho na fazenda Chilala no Chiluanje
Produção de milho na fazenda Chilala no Chiluanje
João Wassamba

Luanda – Dois mil milhões de dólares norte-americanos é o valor que o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) precisa para duplicar a ajuda em segurança alimentar e melhorar o seu impacto na vida de 100 milhões pessoas em zonas rurais no mundo.

Em nota enviada este sábado à ANGOP a propósito da 13.ª Reunião para Reposição de Recursos Financeiros do FIDA ocorrida de 13 a 15 deste mês, em Paris (França), a instituição assegura que os Estados-membros garantem mil milhões de dólares para o mesmo propósito.

Segundo o documento, o que se pretende é continuar a mobilizar fundos necessários para o FIDA financiar a segurança alimentar mundial, através do apoio às comunidades rurais, responsáveis pela produção de um terço dos alimentos no mundo.

Citado na nota, o presidente do FIDA, Álvaro Lario, sublinhou que chegou-se a um momento crítico na história, marcado pelo aumento da temperatura global e os choques climáticos relacionados, factores que estão a ter efeitos sem precedentes e possivelmente efeitos irreversíveis nos sistemas agrícolas, minando a segurança alimentar e nutricional em todo o mundo.

Para mitigar a situação, o responsável disse que o FIDA conseguiu mobilizar mais fundos, através de empréstimos privados e da ligação aos mercados de capitais globais, sendo a primeira agência especializada da ONU a fazê-lo.

“Sem um maior investimento nas comunidades rurais, não há esperança de acabar com a fome global e pobreza até 2030”, lembrou.

Explicou que o FIDA apela ao reforço do investimento, para transformar os sistemas alimentares, no sentido de fornecer alimentos adequados, acessíveis e nutritivos para todos, sem comprometer os ecossistemas e o planeta.

Álvaro Lario recordou que mesmo na era dominada pela tecnologia, a maior parte da população mundial depende do sector alimentar para a sua subsistência.

De acordo com o presidente do FIDA, o financiamento adequado permite as comunidades rurais adaptarem-se aos desafios globais e reforçar a segurança alimentar global em geral.

Entre os 48 países participantes, Angola também marcou presença na 13.ª Reunião para Reposição de Recursos Financeiros do FIDA, com uma delegação chefiada pela ministra das Pescas e Recursos Marinhos, Carmen dos Santos, e integrada pelo secretário de Estado para a Agricultura e Pecuária, João Cunha, pela embaixadora Fátima Jardim, representante de Angola junto das agências das Nações Unidas em Roma, a embaixadora de Angola em França, Guilhermina Prata e técnicos seniores.

Estabelecida em 1977, em resposta à fome no Sahel, discutida na Conferência Mundial de Alimentação em 1974, o FIDA é uma agência da ONU sediada em Roma, com objectivo de ajudar as populações rurais pobres em países em desenvolvimento a superar a pobreza. CLAU/QCB





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