Lobito - Desde a sua criação em 2012, o Fundo de Garantia de Crédito (FGC) já facilitou o acesso a este serviço a setenta e cinco empresas da província de Benguela, apurou a ANGOP, esta quinta-feira.
Segundo o seu Presidente do Conselho de Administração, Luzayadio Simba, destas garantias, os bancos financiaram mais de 71 mil milhões de kwanzas e o FGC cobriu o risco no valor de 37 mil milhões de Kz.
"A maior incidência do financiamento vai para o sector agrícola, seguido da pecuária e da pesca", afirmou o PCA.
Segundo ele, em termos de projectos garantidos, Benguela vem a seguir a Luanda com dez por cento.
A nivel do país, o FGC já emitiu 781 garantias.
Entretanto, Luzayadio Simba afirmou que a sua instituição tem-se deparado com alguns constrangimentos durante o processo de facilitação de créditos.
Estes têm a ver com os estudos de viabilidade feitos pelos empresários das micro e pequenas empresas.
Disse que ainda apresentam certas debilidades nos seus projectos, situação que tem causado "grande handicap", incluive na banca.
"O Fundo tem procurado mecanismos que visam dirimir esta deficiência", explicou.
O PCA revelou que em Março deste ano, o FGC celebrou um contrato com o Fundo Africano de Garantia (AFG) que prevê assistencia técnica, não só para os quadros da instituição, mas extensivo aos promotores (empresários).
"A AFG trás- nos esse know how por ser uma instituição que já trabalha há anos com vários países e isso vai ser bom para nós, no sentido de eliminarmos essas lacunas, apresentadas pelos nossos empresários", considerou.
Anunciou, por outro lado, a assinatura de um acordo com o Instituto Nacional de Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), no proximo dia 1 de Julho, que visa prestar assistência técnica aos empresários sobre a forma como devem apresentar os seus planos de negócios.
"São métodos que o FGC tem vindo a empreender, com vista a apoiar o empresariado nacional, por ser novo, comparado com os seus homólogos de outras geografias", sublinhou.
Aproveitando o lema da Feira Internacional de Benguela (FIB), relacionado com o Corredor do Lobito, disse estar em marcha um projecto com o Banco Mundial (BM), a ser comunicado em breve aos empresários, para estimular a produção e a logística no Corredor.
"O FGC está intrinsicamente ligado ao Corredor do Lobito, que é uma mais-valia, não só para Angola, como para a região", frisou.
Luzayadio Simba aproveitou para apelar aos empresários nacionais no sentido de fazer uso do FGC para facilitar o acesso ao financiamento bancário.
Com a facilitação ao acesso a crédito as micro, pequenas e médias empresas, o FGC tem estado a dinamizar a enconomia, em função do surgimento de novas empresas que irão criar emprego e reduzir as assimetrias que existem a nivel do pais, segundo o PCA. TC/CRB
