Lubango – Técnicos do Fundo de Garantia de Crédito (FGC) estão a avaliar a implementação do financiamento de 20, dos 76 projectos, que beneficiam da garantia pública, ao abrigo do Angola Investe e do PRODESI, na província da Huíla.
Na província da Huíla, desde a existência do FGC já foram emitidas 76 garantias, avaliadas em mais de 52 mil milhões de kwanzas, nos sectores, pescas, indústria transformadora e da agricultura, esta última com 27 projectos, que desde segunda-feira estão a ser passadas a pente-fino.
A informação foi avançada hoje, terça-feira, à ANGOP, pelo director de gestão de garantias do FGC, Miguel dos Santos, à margem de um encontro de cortesia com o governador da Huíla, Nuno Mahapi, que assegurou que o processo de avaliação decorre até sexta-feira.
Detalhou estarem, igualmente, a visitar empresas com projectos que pretendem beneficiar dessas garantias nos municípios da Humpata, Matala e Lubango, tendo sido visitados já seis, dos 20 previstos.
O responsável ressaltou que os projectos avaliados estão todos em implementação e dentro das previsões, apesar de alguns constrangimentos derivados do atraso na chegada de bens importados, mas há negociações com os bancos, no sentido de ajustar-se os prazos de reembolso dos financiamentos, para evitar incumprimentos.
O objectivo do FGC, lembrou a fonte, é cobrir projectos viáveis de promotores, mas que não têm garantias suficientes para satisfazer as exigências dos Bancos, sendo que a solicitação de garantias pode ser feita pelo empresário interessado ou pelo Banco, em função dos seus clientes e mediante avaliação da entidade protectora (FGC).
De acordo com Miguel dos Santos, os programas pelos quais estão inseridos são apoiados pelos bancos, o FGC apenas emite uma garantia que cobre cerca de 75% do risco desse financiamento.
Os financiamentos, prosseguiu, são reembolsáveis num período de oito a 10 anos e até agora “está a correr tudo bem”.
“A província da Huíla constitui a nossa terceira praça com oito por cento das garantias emitidas. Luanda pela sua natureza é a primeira com 31%, seguida de Benguela como 10% e a nossa intenção é captar mais projectos para serem apoiados”, sublinhou.
Destacou que para se ter acesso a garantia, o essencial é ter um projecto nos sectores que estão a ser financiados no âmbito do Aviso 10 do BNA e o FGC apoia, mas internamente a instituição está a criar outras linhas com produtos que estão fora desses eixos.
O Fundo de Garantia de Crédito é uma instituição financeira não bancária, criada sobre o Decreto Presidencial 78/12 de 04 de Maio, cujo objectivo é permitir e facilitar o acesso ao financiamento por parte das micro, pequenas e médias empresas, que por falta de garantias para a cobertura do risco de financiamento, não têm os seus financiamentos aprovados.
No país o Fundo já emitiu 759 garantias, o que permitiu à banca comercial aprovar mais de 500 mil milhões de kwanzas e tiveram uma garantia na ordem dos 314 mil milhões de kwanzas para salvaguardar o cumprimento por parte dos bancos.
O FGC é tutelado pelo Ministério das Finanças e supervisionado pelo BNA. Iniciou a emitir garantias no programa Angola Investe (descontinuado em 2018), pois embora ainda se faz o acompanhamento dos projectos em vigor, posteriormente do PRODESI, do Aviso 10 do BNA, do Programa de Apoio ao Crédito (PAC) e outros. BP/MS