FGC avalia implementação de projectos na Huíla   

     Economia           
  • Huíla     Terça, 14 Março De 2023    15h56  
Miguel dos Santos - director de Gestão de Garantias do FGC
Miguel dos Santos - director de Gestão de Garantias do FGC
Belarmina Paulino-ANGOP

Lubango – Técnicos do Fundo de Garantia de Crédito (FGC) estão a avaliar a implementação do  financiamento  de 20, dos 76 projectos,  que beneficiam da garantia pública, ao abrigo do Angola Investe e do PRODESI, na província da Huíla.

Na província  da Huíla, desde a existência do FGC já foram emitidas 76 garantias, avaliadas em mais  de 52 mil  milhões de kwanzas, nos sectores, pescas, indústria transformadora e  da agricultura, esta última com  27 projectos, que desde segunda-feira estão a ser passadas a pente-fino.   

A informação  foi avançada hoje, terça-feira, à ANGOP, pelo  director de gestão de garantias do FGC, Miguel dos Santos, à margem de um encontro  de cortesia com o governador da Huíla, Nuno Mahapi, que assegurou que o processo de avaliação decorre até sexta-feira.

Detalhou estarem, igualmente, a visitar empresas com projectos que pretendem beneficiar dessas garantias nos municípios da Humpata, Matala e Lubango, tendo sido visitados já seis, dos 20 previstos.      

O responsável ressaltou que os  projectos avaliados estão todos em implementação e dentro das previsões, apesar de alguns  constrangimentos derivados do atraso na chegada de bens importados, mas há negociações com os bancos, no sentido de ajustar-se os prazos de reembolso dos financiamentos, para evitar incumprimentos.

O objectivo do  FGC, lembrou a fonte, é cobrir projectos viáveis de promotores, mas que não têm garantias suficientes para satisfazer as exigências dos Bancos, sendo que a solicitação de garantias pode ser feita  pelo empresário interessado ou pelo Banco, em função dos  seus clientes e mediante avaliação da entidade protectora (FGC).  

De acordo com  Miguel dos Santos, os programas pelos quais estão  inseridos são apoiados pelos bancos, o FGC  apenas emite  uma garantia  que cobre cerca de 75% do risco desse financiamento.

Os  financiamentos, prosseguiu, são reembolsáveis num período de  oito a 10 anos e  até agora “está a correr tudo bem”.

“A província da Huíla constitui a nossa  terceira praça  com oito por cento das garantias emitidas. Luanda  pela sua natureza é a  primeira  com 31%, seguida de Benguela como 10% e a nossa intenção é captar mais projectos para serem apoiados”, sublinhou.

Destacou que para se ter acesso a garantia, o essencial é ter um projecto nos sectores que estão a ser financiados no âmbito do Aviso 10 do BNA e o FGC  apoia, mas internamente a instituição está a criar outras linhas com produtos que estão fora desses eixos.

O Fundo de Garantia de Crédito é uma instituição financeira não bancária, criada sobre o Decreto Presidencial 78/12 de 04 de Maio, cujo objectivo é permitir e facilitar o acesso ao financiamento por parte das micro, pequenas e médias empresas, que por falta de garantias para a cobertura do risco de financiamento, não têm os seus financiamentos aprovados.

No país o Fundo já emitiu 759 garantias, o que permitiu à banca comercial aprovar mais de 500 mil milhões de kwanzas e tiveram uma garantia na ordem dos 314 mil milhões de kwanzas para salvaguardar o cumprimento por parte dos bancos.

O FGC é tutelado pelo Ministério das Finanças e supervisionado pelo BNA. Iniciou a emitir garantias no programa Angola Investe (descontinuado em 2018), pois embora ainda se faz o acompanhamento dos projectos em vigor, posteriormente do PRODESI, do Aviso 10 do BNA, do Programa de Apoio ao Crédito (PAC) e outros. BP/MS





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