Festival de Escalada traz oportunidades para novos negócios 

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  • Huíla • Domingo, 25 Agosto de 2024 | 13h42
Protagonistas da escalada na Serra da Leba
Protagonistas da escalada na Serra da Leba
Amélia Oliveira - ANGOP

Humpata - A 1ª edição do Festival Internacional de Escalada de Angola, que terminou neste domingo (25), trouxe consigo um conjunto de oportunidades de negócios para serem desenvolvidos no Miradouro da Serra da Leba, assim como a necessidade de preservar melhor o espaço.

De acordo com o presidente do Conselho Executivo da Associação de Promotores e Operadores de Turismo (HOTOUR), João Lopes, há um conjunto de negócios que se podem desenvolver no local, como a questão do mercado de artesanatos, a possibilidade da fixação das taxas de portagem, entre outros.

João Lopes referiu-se ainda à necessidade de mais apoios para o aproveitamento da Serra da Leba como um ponto turístico na sua totalidade, salientando a importância do estabelecimento de uma parceria publico-privada para este fim.

Defendeu ainda a necessidade da criação de parques de campismo para que existam condições de receber turistas no próximo ano, sem ter de adaptar estruturas para tal. 

Para as próximas edições, defendeu a criação, pelas autoridades, de uma rota de autocarros durante a semana do festival, uma vez que os operadores não podem faze-lo por ser muito oneroso, dado a conjuntura actual.

Disse que, durante o evento, teve lugar um processo de limpeza da Serra da Leba, integrando a questão do ambiente na preservação de todo o ecossistema, onde os escaladores tiraram duas toneladas de lixo, deixado por pessoas que visitam o local, o que mostra a necessidade de preservação do espaço. 

Por este motivo, defendeu também a necessidade de um maior engajamento da população na preservação do local.

“Há todo um conjunto de situações que temos de trabalhar na próxima edição do evento”, argumentou.

Outra aspecto menos bom, de acordo com João Lopes, esteve relacionado com  a questão dos transportes aéreos, tendo se verificado vários transtornos, porque a maioria dos participantes estrangeiros veio pela Namíbia e estavam a contar que houvesse a abertura dos voos Windhoek/Lubango, o que não teve lugar e tiveram de fazer a alternativa de autocarro.

“É fundamental que se saiba que no transporte terrestre o tempo de trânsito é um factor em desvantagem, porque eles querem aproveitar o tempo ao máximo, poderiam passar mais tempo cá, mas passarão menos dois dias”, salientou.

Por sua vez, o coordenador-adjunto da Climb Angola, David Wells, ressaltou que os profissionais e amadores do referido desporto radical ficaram maravilhados e dispostos a promover o local com fotografias e outros saberes para que, no próximo ano, estejam o dobro ou o triplo dos participantes actuais.

Destacou que se depararam com a falta de ligação de água, de electricidade, no local onde acamparam, situações que devem ser melhoradas para albergarem mais pessoas. 

Apesar de não ter finalizado a abertura das 100 vias previstas para os nove dias do evento, foram concluídas 67, perfazendo assim 97, com as anteriores 30 já existentes. Durante o período foram ainda formados 20 novos escaladores.

Esteve presente no local o canal CNN que reportou o evento durante todos os dias.

O 1º Festival Internacional de Escalada de Angola, promovido pela Climb Angola com a  colaboração  da HOTOUR, contou com 40 escaladores, de 18 países, incluindo Angola, e durante os nove dias foram realizados dentre outras actividades, slacklining, workshop de aparafusamento, desenvolvimento de rotas, aulas de escalada, oficinas de busca e resgate para a polícia, bombeiros e para os técnicos do Instituto Nacional de Emergências Médicas de Angola. EM/SC





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