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FENACOOPA pode fornecer 50% de carne ao mercado nacional

     Economia              
  • Benguela • Domingo, 19 Maio de 2024 | 20h27
Salvador Rodrigues, Presidente de direcção da FENACOOPA
Salvador Rodrigues, Presidente de direcção da FENACOOPA
Augusto Cordeiro

Lobito - A Federação Nacional das Coopetativas Pecuárias de Angola (FENACOOPA) está em condições de fornecer cinquenta por cento das necessidades de carne ao mercado nacional, afirmou o seu presidente de direcção, Salvador Rodrigues.

A fonte revelou à imprensa que esse esforço (importação) envolve gastos na ordem dos 300 milhões de dólares por ano, equanto o efectivo animal que existe em Angola consegue suprir esta necessidade.

Defendeu, no entanto, a reorganização da estrutura logística para se evitar que o gado seja abatido sem condições nos mercados paralelos.

"Deve-se melhorar a conservação e o transporte dos animais para os centros de abate, em condições de higiene e segurança, de acordo com as regras internacionais", considerou.

"Hoje, temos gado suficiente, embora com alguma deficiência em termos de qualidade", esclareceu o presidente da FENACOOPA, organização constituída por 20 coopetativas, do norte ao sul do país.

Estabeleceu como primeira acção da federação, recém criada, potenciar o capital humano com conhecimentos para a melhoria da sua performance e organização das suas fazendas.

"Estamos no bom caminho. Temos pecuaristas de Cabinda ao Cunene e só unidos podemos alcançar os objectivos preconizados", concluiu.

Por sua vez, o presidente da mesa da Assembleia Geral da FENACOOPA, Joaquim de Almeida Júnior, disse que o sector pecuário pode crescer e desenvolver-se de forma sustentada, correspondendo com os anseios do Executivo angolano, relativos ao aumento da produção de carne e derivados para a satisfação das necessidades do consumo interno e da redução das importações.

"O nosso país tem condições excelentes para o efeito, pois dispomos de terras, recursos hídricos e humanos, assim como factores climáticos favoráveis, daí que, com politicas bem delineadas e concertadas, se possa dar um passo seguro para o desenvolvimento do sector a curto prazo", considerou.

Para Joaquim de Almeida Júnior, se assim for, contando com a parceria do Estado no que toca a financiamentos e imposição de regras que visam combater a concorrência desleal e outras práticas negativas, como o caso do roubo de gado, o sector pecuário terá seguramente um novo caminho e um novo futuro". TC/CRB 

 





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