Menongue - A feira de Menongue, aberta nesta segunda-feira, por ocasião das celebrações dos 63 anos da cidade, tem demonstrado bons indicadores da qualidade de produção com o selo “Made in Angola”.
Com perto de 100 empresas nacionais e uma namibiana, destacam-se empresas vocacionadas à exploração de recursos minerais, madeireiros, prestação de serviços de limpeza e saneamento, comunicação e marketing, medicina convencional e natural, sendo que o maior número recaí para a produção agrícola, com um grau de competitividade animador.
A vende produtos e meios para facilitar o trabalho agrícola, como charruas e motocultivadoras, bem como os mais variados tipos de fertilizantes, constam igualmente dos produtos expostos na feira, que tem o término previsto para dia 11 de Novembro.
Em declarações hoje, terça-feira à imprensa, o responsável da empresa ANGATA Lda, César Lisboa, ao apresentar a sua empresa, afirmou que a mesma é vocacionada à venda de defensivos, como insecticidas, fungicidas, herbicidas e fertilizantes, que são várias fontes de nitrogénio, fósforo e potássio, fundamentais no melhor aproveitamento da produção agrícola.
Afirmou que a sua unidade fabril tem a capacidade de produzir 100 toneladas de fertilizantes por ano, suficiente para responder às necessidades do mercado nacional.
“ O mais importante é haver solicitação por parte das fazendas e agricultura familiar. O governo pode solicitar no âmbito do combate à fome e pobreza uma quantidade de fertilizantes especificamente para estes projectos. Há capacidade suficiente e estamos abertos para seguir com o projecto”, sublinhou.
Para além da indústria especializada na produção de fertilizantes, destacou o laboratório específico para a realização de análises do solo, um elemento fundamental para a definição dos produtos a serem plantados, bem como dos fertilizantes adequados ao terreno.
A empresa tem disponíveis, segundo o responsável, mais de cinquenta produtos na feira, entre sementes de hortaliças, grãos, insecticidas, bem como soluções para que o produtor possa resolver os seus problemas a nível da sua parcela de terra.
Afirmou que, neste segundo dia de feira, dentre os produtos mais procurados, estão o sulfato de amónio, ureia, sementes de hortaliças, como tomate, cebola, pimenta, motocultivadores e charruas.
“Estamos aqui não apenas para mostrar os novos produtos, mas trocar experiências com todos aqui presentes, com instruções técnicas que vamos partilhar através de palestras, para que os agricultores tenham conhecimento, onde e como devem cultivar os seus produtos, tendo em conta a complexidade das terras”, realçou.
Já o expositor Santos Pumba, proveniente do município do Cuchi, que se dedica na produção de milho, feijão, arroz e hortaliças, disse que a realização da feira representa grande oportunidade para apresentar os bens que são produzidos pela sua empresa e estabelecer contactos de parceria com outras empresas do mercado nacional e regional.
Por isso, solicitou ao governo local que promova mais eventos de género, de formas a permitir uma maior interacção entre os produtores, comerciantes e demais prestadores de serviços.
Por seu turno, o administrador municipal de Menongue, Roberto Biwango, prometeu continuar a trabalhar na criação de políticas para conquistar os investidores nacionais e internacionais para que, do ponto de vista estratégico, Menongue seja a porta de entrada do capital estrangeiro por via da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Neste termos, lembrou que Menongue tem fronteira com as vizinhas repúblicas da Namíbia e da Zâmbia, podendo fomentar as trocas comerciais na região e melhorar os níveis de desenvolvimento. MSM/FF/PLB
