Luanda - Seis milhões de Kwanzas é o montante arrecadado pela Feira de Agronegócio do município de Icolo e Bengo, em Luanda, realizada no âmbito do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e de Combate à Fome e à pobreza.
Em declarações à ANGOP, o Presidente do Conselho de Administração da empresa CCalas Angola, Carlos Calas, disse que a arrecadação dos valores não foi o objecto da feira, mas passar experiência de como pode a administração local realizar um evento, contacto com os potenciais investidores e para demonstrar o potencial dos recursos naturais e da produção local.
" O binómio custo/benefício não esteve em causa, pois o foco foi mais na passagem de experiência para que administração e empresários locais pudessem organizar, em outras ocasiões, feiras semelhantes" esclareceu o PCA.
O responsável realçou que o volume de negócio da feira foi de cem milhões de Kwanzas tendo em conta a participação de empresas que movimentaram máquinas agrícolas de ponta e tiveram uma actuação activa ao passar conhecimentos científicos aos camponeses que visitaram a feira.
Durante a feira, que decorreu no período de oito a 13 deste mês, foi possível criar 20 empregos directos e 50 indirecto o que considerou positivo sendo uma nova e primeira experiência no município.
O expositor Jorge Domingos, de uma Fazenda de produção de ração e galinhas poadeiras, disse que a feira correu bem uma vez que foi possível partilhar informações sobre a sua actividade e trocar endereço com mais de 84 visitantes que estiveram no seu stand.
A feirante proveniente de Cabinda, Domingas Sumbo, proprietária de uma boutique, sublinhou que apesar de feira estar fraca, pela pouca participação dos munícipes, valeu a pena fazer parte do evento.
A expositora de Cabinda referiu que valeu a pena participar tendo em conta o intercâmbio efectuado com alguns visitantes que permitiu passar informações sobre as encomendas, métodos de venda e entrega da roupa que cria para outras partes de Angola.
Domingas Sumbo acredita que as restrições impostas pelo decreto do estado de calamidade pública devido a Covid-19 estiveram na base da fraca afluência dos munícipes na feira.
Para Graciete Zua, que representou uma Empresa de Sacos de ráfias, Reservatório de água e de combustível, disse que foi uma experiência agradável, já que não estiveram na feira para comercializar os produtos, mas apenas para passar informações.
O administrador adjunto de Icolo e Bengo, Octávio Maka, disse no encerramento que a feira foi positiva, acrescentando que os expositores saíram satisfeitos desta primeira edição onde puderam comercializar alguns produtos.
Segundo o governante, um dos objectivos da feira é empoderar cada vez mais os empresários de Icolo e Bengo, tendo em conta as potencialidades do município, sobretudo, na agricultura.
Numa iniciativa da Administração Local, Empresa de Eventos e Organização de Feiras CCalas Angola e o Conselho Nacional da Juventude, a primeira Feira de Agronegócio contou com 70 empresas que expuseram produtos diversos.
O município de Icolo e Bengo que dista a 60 quilómetros a leste da cidade capital, Luanda, possui uma população maioritariamente rural que ronda aos 125 mil habitantes que se dedicam actividade agrícola e piscatória.