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Fazenda NR colhe 300 toneladas de feijão

     Economia              
  • Benguela • Quinta, 29 Agosto de 2024 | 21h54
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Fazenda agrícola Nelson Rodrigues
Fazenda agrícola Nelson Rodrigues
Carlos Benedito-ANGOP
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Fazendeiro, Nelson Rodrigues no campo de produção de feijão
Fazendeiro, Nelson Rodrigues no campo de produção de feijão
Carlos Benedito-ANGOP
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Produção de feijão manteiga em grande escala na fazenda agropecuária Nelson Rodrigues
Produção de feijão manteiga em grande escala na fazenda agropecuária Nelson Rodrigues
José Honório

Benguela - Trezentas toneladas de feijão manteiga estão a ser colhidas na Fazenda Nélson Rodrigues, localizada na comuna do Dombe-Grande, no município da Baía Farta, província de Benguela, soube esta quinta-feira a ANGOP.

De acordo acordo com o seu proprietário, Nélson Rodrigues, essa produção está a ser colhida numa extensão 150 hectares e o processo vai se estender até a segunda quinzena de Setembro.

Além do feijão, está igualmente a acontecer a colheita de 200 toneladas de pepino e até ao fim do ano serão igualmente colhidas 250 toneladas de tomate e cem de jindungo.

A fazenda possui actualmente 25 hectares de pimenta, 10 de pepino, 10 de jindungo e 50 de tomate. 

Nélson Rodrigues informou que, para a produção do presente ano, foram já  investidos 200 milhões de kwanzas.

O fazendeiro adiantou que os produtos têm como destino o mercado informal, bem como os seus parceiros, nomeadamente o grupo Leonor Carrinho e o Jardim da Yoba.

Segundo contou, no início do projecto e com capital próprio, trabalhava apenas em 20/30 hectares.

Contudo, com um financiamento de 80 milhões de kwanzas, que beneficiou do Banco de Desenvolvimento Angolano, triplicou a área de produção para 300 hectares, dividida em três fazendas que produzem feijão e hortícolas.

Adiantou ainda que anteriormente tinha uma força de trabalho de 150 trabalhadores, mas com o crédito aumentou o número para 350.

Fez saber, por outro lado, que recentemente lhe foi dado mais um reforço do BDA, sendo que 25 por cento do valor global (que não revelou) já foi disponibilizado, para o aumento da capacidade de produção.

O produtor acredita que, tão logo os outros 75 por cento do crédito estejam disponíveis, vai aumentar o número de trabalhadores para 500.

Nélson Rodrigues afirmou que pretende continuar a diversificar a produção da fazenda, estando previsto para Setembro próximo o lançamento, pela primeira vez, de 50 hectares de arroz e igual número da cebola.

Fazenda carece de investimentos 

A aquisição de mais equipamentos, como máquina recolhedora do feijão, tractores, charruas e camiões para o escoamento dos produtos, está entre as prioridades da fazenda, tão logo o BDA disponibilize o montante em falta, advogou.

Este valor, asseverou, irá permitir igualmente a implementação de um pivot central de rega, visto que, actualmente, 80 por cento do regadio é através do sistema gota a gota e por inundação.

Quanto às principais dificuldades que ainda afligem os produtores da região, o fazendeiro apontou as inundações cíclicas do rio Coporolo (já está a ser desassoreado pelo Governo de Benguela) e o acesso para algumas fazendas.

 O escoamento dos produtos era o grande "calcanhar de Aquiles", enfatizou, mas o Governo local está a construir uma estrada que pode vir a ser asfaltada e vai ligar a vila sede do Dombe Grande às fazendas, atingindo a povoação do Luacho.

Na mesma senda, decorrem trabalhos de melhoria dos diques de protecção, visando atenuar os prejuízos registados todos os anos.

"Na época das chuvas o rio enche e transborda para zonas de campo, situação que tem causado muitas dificuldades para escoar os produtos e, por isso, muitos acabavam estragando", lamentou.

Energia da rede pública urge no Dombe-Grande 

Lamentou a falta de energia da rede na comuna, situação que tem agastado os produtores devido aos custos elevados com os combustíveis.

Segundo Nelson Rodrigues, mensalmente a sua fazenda gasta dois mil litros de gasóleo e quatro mil litros de gasolina para manter as motobombas, tractores e outros equipamentos a funcionar, para não baixar a produção.

A falta de energia afugenta os investidores e contribui, negativamente, no reembolso atempado do crédito pelos productores.

Aproveitou a oportunidade para anunciar que, nos próximos dias, a Fazenda NR vai ser palco do lançamento do Seguro Agrícola da ENSA. CRB

 

 





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