Luanda - O economista da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em Angola, Celestino Delo, defendeu hoje, em Luanda, a necessidade de dinamizar o potencial dos pequenos produtores para criarem as suas próprias rendas e contribuir na segurança alimentar.
O país caminha para cenários bastante positivos no que a segurança alimentar diz respeito, segundo Celestino Delo, que falava no habitual briefing do Ministério da Economia e Planeamento (MEP).
Explicou que a FAO está há mais de 15 anos a implementar as escolas de campo em Angola, com o principal foco na garantia da segurança alimentar, sendo que os produtores aprendem técnicas de produção mais avançadas.
“A agricultura familiar, olhando para Angola, não pode ser vista apenas para garantir a segurança alimentar, pois pode ser também um instrumento para criação de renda das famílias”, reforçou.
O Governo de Angola apresentou aos investidores internacionais as oportunidades que o país oferece e a FAO apenas funcionou como facilitador desta iniciativa.
Na opinião do economista, é importante destacar que a agricultura familiar é responsável por mais de 80% daquilo que é a produção agropecuária no país.
“Angola apresentou dois casos de investimento, um relacionado com a produção de cereais e outro a cadeia de valor de frango. A cadeia de valor de frango é muito importante, porque sabemos que Angola importa quase meio bilião em termos de volume financeiro de frango. Pensamos que o país poderia, de alguma forma, substituir, nos próximos 15 anos, um terço daquilo que importa actualmente”, reforçou. HEM/AC