Lobito - A barragem do Lomaum, na província de Benguela, está pronta para fornecer energia eléctrica ao corredor que liga os municípios do Cubal, Ganda e Caimbambo, a curto prazo, soube a ANGOP.
Segundo o Presidente do Conselho de Administração da Empresa de Produção de Energia Eléctrica (PRODEL), Pedro Afonso, a expansão da linha depende apenas da construção da rede de transportação.
A barragem de Lomaum, construída sobre o rio Catumbela, tem uma capacidade actual de produção de cinquenta megawatts. Foi construída entre 1959 e 1964, e reabilitada há alguns anos.
Em relação à barragem do Biópio, a aproximadamente 40 quilómetros da cidade do Lobito, Pedro Afonso disse que tecnicamente apresentou algumas preocupações, sem especificá-las, pelo que a PRODEL prontamente interrompeu o seu funcionamento.
"A província de Benguela tem o abastecimento de energia possível e acreditamos que o índice de satisfação de hoje, não é o mesmo de ontem", considerou o PCA.
Segundo Pedro Afonso, a interligação ao sistema Norte permitiu que a situação dos "black out" (interrupções) na província diminuissem substancialmente.
"Isto não quer dizer que acabaram, porque o curto circuito nunca avisa", alertou.
Disse, por outro lado, que o sistema está a se tornar mais robusto, com a integração de novas fontes, fazendo alusão às centrais fotovoltaicas.
Deu como exemplo a central fotovoltaica do Biópio, com 144, 9 megawatts, a de Catete com 100, a de Laúca com 400 (próxima de Capanda que está com 520 megawatts), e com isso expandir-se a rede de transporte e distribuição.
"Desde 2015 até final de 2022, observou-se a redução do uso de combustivel de 1,3 mil milhões de litros de gasóleo para 0.4 milhões", disse o PCA.
Na sua opinião, esta situação permitiu que grandes investimentos fossem feitos, permitindo o abastecimento de energia às populações.
Situação energética actual do país
"O país tem energia suficiente para vender, mas precisamos atender em primeiro lugar aquilo que são as necessidades internas", afirmou.
O país está muito próximo de uma produção de sete mil megawatts de energia, mas consome somente cerca de 2.5 mil, dos quais mais de 98 por cento é garantida pela PRODEL.
O PCA fez referência aos constrangimentos financeiros resultantes das alterações cambiais e transferências para o exterior, que afecta na fabricação das peças para garantir a manutenção dos grupos geradores, que não são feitas em Angola.
"Precisamos de ser cautelosos para podermos fazer uma comparação para aquilo que é a produção nacional", afirmou.
Fez saber que, o que a empresa está a fazer, com base no excedente, é expandir a rede de distribuição para que as populações que estão em zonas recônditas tenham acesso à energia eléctrica.
A PRODEL tem como foco a produção de energia eléctrica no âmbito do sistema eléctrico público, nos termos e condições das concessões.TC/CRB