Lubango – O Fundo de Desenvolvimento Agrário (FADA) vai, ainda este ano, financiar projectos de mil jovens que apostam na agricultura familiar, no âmbito do programa Agro-Jovem, cujo montante global disponível é de 12 mil milhões de kwanzas.
A acção visa, sobretudo, melhorar os níveis de produção de hortícolas, frutas, legumes, oleaginosas, de mel, tubérculos, a criação de aves de corte e poedeiras, assim como a criação de suínos.
Em declarações à ANGOP, no Lubango, o administrador executivo do FADA, Renato Baptista, afirmou que o financiamento, com período de carência de um ano e reembolsáveis até três, será cedido após um acordo entre as partes, já que os projectos já foram verificados.
Considerou que com o fomento a actividade agrícola, e não só, permitirá que os jovens possam alargar a sua actividade e, consequentemente, gerar novos empregos, conforme rege a estratégia do governo de inserção de mais jovens no mercado e trabalho.
Fez saber que as inscrições vão ser feitas dentro de dias a nível dos gabinetes provinciais de Desenvolvimento Económico Integrado.
A nível da Huíla o FADA financiou, em 2024, 150 jovens, com uma média de 12 milhões de kwanzas para cada, nos municípios da Matala, Humpata e Lubango. Projectos voltados à produção de tubérculos, leguminosas e oleaginosas.
Referiu que o FADA, no quadro das linhas de produtos financeiros, criou o Agro-Jovem voltado a financiar a camada social formados em ciência agrária, ou jovens que têm apetência em investir no sector agrário.
Ao nível do país, reforçou, o FADA está, igualmente, a fazer um levantamento, nos institutos técnicos agrários, porque acaba por ser um dos maiores focos desta instituição, numa altura em que se tem verificado que parte dessa franja, após o término da formação, dirige-se aos centros urbanos na busca de outras oportunidades.
Lembrou ainda que o Fada financia apenas três categorias nomeadamente, cooperativas, produtores individuais e sociedades por cotas, e face às dificuldades da legalização das organizações jurídicas maior parte do seu público-alvo tem sido os produtores individuais, seguidamente as cooperativas. JT/MS