Huambo – Trezentos e 93 projectos comerciais e de agricultura familiar estão a ser financiados na província do Huambo, com um valor global acima de dois mil milhões de kwanzas, desembolsados pelo Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA).
A informação foi prestada, esta sexta-feira, pelo administrador Executivo para a área de Negócios do FADA, Renato Baptista, durante o 3º Fórum de Negócios e Conectividade do Grupo Media Nova, que decorre até sábado, na cidade do Huambo, sob o lema “Agricultura, a base da sustentabilidade alimentar”.
Na ocasião, disse tratar-se de produtores individuais, cooperativas e associações, micro e pequenas empresas, legalmente constituídos.
Informou que do valor total do financiamento, 80 por cento foi já desembolsado para as caixas comunitárias locais.
Disse tratar-se, igualmente, de um produto financeiro resultante das medidas de estímulo divulgadas em Julho de 2023, com o intuito de reforçar, financeiramente, as cooperativas inseridas em diversas actividades produtivas e as escolas de campo.
O responsável adiantou que a província do Huambo é a segunda maior do país a beneficiar do financiamento do FADA, depois de Luanda, com 800 projectos, num valor acima de quatro mil milhões Kwanzas.
Renato Baptista disse que, para além do reforço da dinamização das caixas comunitárias, num financiamento multilateral em parceria com o Ministério da Agricultura e Florestas, existem outras linhas de financiamento em operacionalização pelo FADA para os produtores.
A par do Huambo e Luanda, para o sector produtivo, sem detalhar do montante, informou existirem outras províncias a serem dinamizadas, como Bié, Cuando Cubango, Cuanza-Sul, Huíla e Moxico, que têm apresentado índices de produção satisfatórios.
Como exemplo, destacou o Cuando Cubango com 440 solicitações dos agricultores familiares para a produção do arroz, assim como outros do Moxico na actividade do mel, que poderá ter um impacto relevante nos próximos tempos.
Adiantou que o FADA tem estado a encetar mecanismos que visam a facilitação de créditos para os agricultores familiares, desde que apresentem um atestado que aprove a titularidade da terra onde pretende exercer a sua actividade.
Renato Baptista lembrou que o FADA criou, há três anos, oito linhas de financiamento para atender as diversas demandas apresentadas pelos produtores familiares, dos quais dois mil 607 projectos já são beneficiados.
O FADA financia cadeias produtivas de cereais (milho, trigo, arroz, massango e massambala), leguminosas e oleaginosas (feijão, amendoim e soja), raízes e tubérculos (batata e batata doce, mandioca e inhame), hortícolas (tomate, repolho, cebola, alho, pimento e cenoura) e frutícolas (manga, mamão, melancia, morango, abacate, ananás, citrinos, banana de mesa e banana pão).
O financiamento é reembolsável por um período que vai de um a cinco anos, a uma taxa de juro de 3 por cento. ZZN/JSV/ALH
