Lubango - Três mil milhões e 700 milhões de kwanzas foram desembolsados, este ano, no país, pelo Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA), em projectos do subsector de logística, transporte, armazenamento, conservação e processamento agro-alimentar, no âmbito das Medidas de Estímulo à Economia.
O FACRA é um fundo de capital de risco, cuja finalidade é o investimento financeiro de longo prazo em pequenas e médias empresas de elevado potencial, com vista à diversificação da economia nacional, com taxa de juros de 7.5% ao ano e com um período de carência de até 12 meses, com a liquidação entre três a sete anos.
O montante é parte do global de cinco mil milhões de kwanzas consagrados ao apoio às micro, pequenas e médias empresas, na modalidade de capital de risco, que consiste no aporte de capital às empresas e, em contrapartida, a tomada de participação temporária no capital social por períodos que podem ir de três a sete anos.
Nestes sectores, já apoiaram 15 projectos, dos quais oito já financiados, nas províncias de Benguela, Bié, Huíla e Luanda, sendo que para os próximos tempos estão já seleccionados projectos em Malange e no Namibe, segundo o responsável pela gestão e acompanhamento dos projectos financiados pelo FACRA, José Paulo.
Em declarações à ANGOP, à margem da visita às empresas, no âmbito o Programa de Apoio e Reanimação das Indústrias Paralisadas (PARIP), que a Associação Industrial de Angola (AIA) está a levar a cabo, realçou que o valor mínimo dado foi de 100 milhões de kwanzas.
Salientou que não há um valor máximo definido, pois o financiamento depende da necessidade do promotor.
“Nós temos agora alguns projectos já aprovados, estamos à esperta que os promotores conformem a questão ligada ao fisco. Sendo instituição do Estado, temos que certificar que essas empresas têm cumprido com as suas obrigações na AGT e Segurança Social, e tão logo recebemos essas declarações, fazemos o desembolso dos valores”, elucidou.
Por sua vez, o director do Gabinete provincial para o Desenvolvimento Económico Integrado da Huíla, Domingos Kalumana, fez saber que na província existem 36 indústrias paralisadas, com realce para aquelas que efectivamente completam a cadeia logística do ramo do agro-negócio. BP/MS