Catumbela - Três mil e quinhentas toneladas de cimento e clinker serão produzidas diariamente pela fábrica SLN, localizada no município da Catumbela, província de Benguela, soube sexta-feira a ANGOP.
No acto de lançamento da primeira pedra para a construção da unidade fabril participaram, entre outras personalidades, o ministro do Comércio e Indústria, Rui Miguêns de Oliveira, o governador Manuel Nunes Júnior, o presidente do Conselho de Administração da West China Cement, Zhang Jimin, e o accionista angolano João Gourgel.
O clinker é o principal produto para a produção de cimento e esta fábrica será a primeira a produzi-lo na província de Benguela.
De acordo com João Gourgel, accionista daquela empresa conjunta angolana e chinesa, a fábrica será construída num prazo de quinze meses.
"Teremos mais um período de três meses para afinação e testes das máquinas", afirmou.
Sobre o valor do investimento, revelou que foram desembolsados 170 milhões de dólares, com fundos próprios, apesar de não descartar a possibilidade de recorrer a créditos bancários, caso necessite de mais suporte financeiro.
"Pensamos instalar, a posterior, uma linha de produção de clinker para exportação na ordem das 10 mil toneladas por dia", revelou.
Relativamente ao emprego, disse que na fase de construção, a empresa vai disponibilizar cerca de mil postos de trabalho para angolanos e expatriados.
Quanto a aquisição de matérias-primas, mostrou-se satisfeito por estarem disponíveis mesmo na província de Benguela.
"Aqui, na área de Vimbalambi (Catumbela), onde está localizada a fábrica, temos mil hectares para extração de calcário", informou.
"A segunda matéria-prima, que representa cinco por cento do produto, é o gesso que já utilizamos a partir das jazidas do Dombe Grande para a produção de placas", acrescentou o empresário.
Na sua opinião, a empresa vai ocupar uma boa parte do mercado local e também contribuir para que a produção das outras possa aumentar com o fornecimento do clinker.
A fábrica de cimento e clinker está a ser construída no espaço da linha de produção de placas de gesso, que existe desde 2020.
Tem uma capacidade de produção anual de 400 mil toneladas e para as placas de gesso revestido com papel tem uma quota anual de seis milhões de metros quadrados.
Com avançada tecnologia de produção, equipamentos e gestão, e contando com o transporte do Caminho de Ferro de Benguela e do Porto do Lobito, a empresa poderá fornecer produtos de placas de gesso e outros derivados de alta qualidade a baixo custo para Angola e os países vizinhos. TC/CRB