Lubango - A fábrica “Mar Plástico”, do Grupo Marivel, na província da Huíla, financiada pelo Programa Angola Investe e com garantia do Fundo de Garantia de Crédito (FGC), está a produzir 500 mil itens por mês, contra os anteriores a 70 mil.
Localizada no município do Lubango, a unidade produz plásticos sólidos e flexíveis, com destaque para mesas, cadeiras, baldes, bacias, copos, pratos, armários, caixas plásticas cabides, cestos, sacos e outros itens, cuja actividade é desenvolvida por de 81 trabalhadores, entre os quais apenas um engenheiro estrangeiro.
O projecto contou com um financiamento de 750 milhões de kwanzas, em 2014, com a garantia do FGC, crédito totalmente reembolsado, até 2019, segundo a mentora do projecto, Ana Maria Marques.
Em declarações à ANGOP, à margem da visita de uma equipa de avaliação do FGC, à fábrica, Ana Maria Marques realçou que depois do investimento, houve progressos, pois começaram com sete máquinas na área produtiva de sólidos, duas na área de reciclagem e 24 moldes para transformação, em 2017, cujos trabalhadores eram realizados por 25 funcionários efectivos em dois turnos.
Neste momento, explicou, estão com 283 moldes, dez máquinas na área de produção de sólidos, na área de reciclagem estão com cinco máquinas e duas na produção de sacos plásticos e 75 trabalhadores distribuídos em dois turnos.
"A capacidade de produção, mensal era de 60 a 70 mil itens e agora nós estamos com mais de cem mil a 50 mil de cada item e por mês nós podemos produzir por volta de 500 mil a 700 mil itens, dependente da solicitação dos nossos clientes, pois a maior dos produtos ultimamente são produzidos mediante encomendas”, elucidou.
De entre os bens, segundo a empresária, estão bacias e baldes que são os mais procurados, cujo mercado de escoamento é Luanda, Benguela, Huambo e a própria Huíla, mas em contrapartida, afirmou que têm encontrado dificuldades na aquisição da matéria-prima original, normalmente importada do Dubai e da Arábia Saudita.
Salientou que o FGC foi benéfico neste processo todo, pois permitiu que os objectivos da Mar Plástico fossem concretizados e cumprir com o pagamento na totalidade do reembolso em 2023.
Por sua vez o director de comunicação da FGC, António Cambala, realçou que A Mar Plástico é uma fábrica que contou com a garantia do Fundo, no ano de 2014, no quadro do programa Angola Investe, cuja garantia foi na ordem de 490 milhões kwanzas dos 750 milhões de kwanzas financiados pelo Banco Millennium Atlântico.
Considerou ser um projecto de sucesso, tem hoje uma empregabilidade na ordem de 75 pessoas sem contar com os empregos indirectos que criou e está a contribuir para a economia real do país.
“A empresa cresceu muito, com evidências para crescer mais nos próximos tempos e tem uma produção que está a ser consumida em quase todo pelo país todo, isto é bastante positivo e é um incentivo para os demais empresários e aqui fazemos um apelo a população a consumir a produção nacional”, aludiu. BP/MS