Dombe Grande - A fábrica de processamento de tomate, localizada no município do Dombe Grande (Benguela), está em fase final de recuperação e vai entrar em funcionamento com novas opções de oferta, soube hoje a ANGOP.
Durante uma visita de campo do governador Manuel Nunes Júnior àquela unidade, este foi informado que, além da linha de processamento de massa de tomate, a unidade fabril vai também produzir sumos e latas para conserva de outros produtos.
O Grupo Adérito Areias, gestor da fábrica, está a recuperá-la, faltando algum equipamento, embora não se tenha avançado algum horizonte temporal para abrir as suas portas.
O seu representante, Ekumbi David, garantiu que a linha de processamento de tomate terá a capacidade de três a cinco toneladas por hora.
"Esta situação vai incentivar os camponeses a produzirem mais, porque terão onde depositar o seu produto", afirmou.
Falou também sobre o projecto de instalação de uma linha de produção para o fabrico de sumos, pensando já nos produtores de ananás, manga, citrinos, etc.
Sabe-se que, por falta de escoamento, a maior parte dos camponeses têm saído em prejuizo, porque a fruta, sobretudo o ananás produzido em grandes quantidades na comuna do Monte Belo, município do Bocoio, acaba por se estragar e ser vendido a baixo preço, prejudicando os produtores.
Ekumbi David informou ainda que a fábrica vai contar com uma linha de produção de latas com capacidade de produção de 60 unidades por minuto.
Sobre este aspecto, disse haver já um protocolo de parceria com o Grupo Carrinho, sobre a possibilidade destes utilizarem estas latas para o enchimento do leite condensado, uma vez que ainda importam esta matéria-prima.
A fábrica tem uma área total de 20.500 metros quadrados.
Conta com um entreposto frigorífico, com uma nave industrial, tendo uma área coberta de aproximadamente 830 metros quadrados e três câmaras de conservação e refrigeração.
Ali pode-se conservar as sementes e fertilizantes à temperatura ambiente, para possibilitar que os camponeses produzam com maior qualidade.
A fábrica, inicialmente concebida para o processamento de 150 toneladas de tomate por dia, tinha sido vandalizada há cerca de dois anos, sendo retiraradas das máquinas peças importantes como sensores, cabos eléctricos e outros que faziam funcionar os equipamentos, sem arrombar portas. TC/CRB