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Fábrica de processamento de tomate do Dombe Grande pode arrancar em 2024

     Economia              
  • Benguela • Sábado, 02 Dezembro de 2023 | 19h56
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Interior da fábrica de processamento de tomate vandalizada no Dombe Grande (Arquivo)
Interior da fábrica de processamento de tomate vandalizada no Dombe Grande (Arquivo)
Henri Celso
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Empresário Adérito Areias
Empresário Adérito Areias
José Honório-ANGOP

Benguela – Nove anos depois de concluída, a fábrica de concentrado de tomate da comuna do Dombe Grande, na província de Benguela, com capacidade de processamento de 150 toneladas/dia, poderá arrancar em Março de 2024.

Essa unidade fabril, que tem em vista a transformação de tomate em massa ou polpa, integra o Complexo Agro-Industrial do Dombe Grande, município da Baía Farta, tal como um entreposto frigorífico e uma fábrica de latas para serem usadas como embalagens.

Sob tutela do Ministério da Agricultura e Florestas, a gestão do Complexo Agro-Industrial do Dombe Grande será assumida pelo Grupo privado Adérito Areias, com sede na província de Benguela.

Segundo o presidente do referido grupo, Adérito Areias, citado pela Rádio Benguela, o arranque tanto da fábrica de processamento de tomate, quanto de produção de latas está previsto para Março de 2024.

Por essa razão, adiantou que as unidades fabris estão neste momento a ser reequipadas por técnicos espanhóis, já que foram vandalizadas e retirados os equipamentos, como cabos e motores eléctricos.

“Estamos a fazer um esforço muito grande a custo próprio, para a recuperação daquela fábrica”, garantiu. 

Impulso à produção

Adérito Areias destaca a capacidade de processamento de 150 toneladas de tomate por dia como um impulso para que os produtores locais, incluindo agricultores familiares, aumentem a produção no Dombe Grande.

O empresário foi peremptório em admitir que a fábrica tem que arrancar, não obstante reconhecer que a produção de tomate no Dombe Grande ainda é insuficiente face à capacidade instalada.

Por isso, disse que se está a pensar em aproveitar não só o tomate, mas também tudo quanto se produz no Dombe Grande, para transformar e fazer compotas.

Esta nova estratégia, explicou, vai ajudar a evitar desperdício de culturas naquela comuna e aumentar os rendimentos dos produtores.

Autoridades expectantes

A construção do Complexo Agro-Industrial do Dombe Grande visa acudir o grito de socorro dos agricultores e cooperativas locais, sobretudo aqueles que enfrentam anualmente perdas de grandes quantidades de tomate, por falta de escoamento.

Na base da morosidade do arranque do empreendimento industrial, o administrador da comuna do Dombe Grande, Edgar Baptista, aponta à falta de fornecimento de energia da rede pública na localidade, uma situação que, ao que a ANGOP apurou, está já a ser resolvida pelas autoridades competentes para mudar o quadro.

Até porque o empreendimento faz muita falta à comunidade, na medida em que poderia empregar jovens e ajudar os agricultores por altura da fartura de tomate, segundo o administrador comunal.

Domingos Rafael, presidente da Associação Ongunja, afiança que o Dombe Grande continua a produzir tomate em grande escala e o funcionamento da fábrica seria uma mais-valia para o incremento da sua produção.

O produtor diz que, enquanto um empreendimento construído com dinheiro do Estado, há mais de nove anos, continua fechado e sem retorno do investimento, e muitos jovens andam desempregados na localidade.

Ocupando uma área de de 2.177,2 quilómetros quadrados, a comuna do Dombe Grande conta com uma população estimada em pouco mais de 41 mil habitantes distribuídos por sete povoações, 13 bairros e 12 aldeias, sendo a actividade económica principal a agricultura e pecuária. JH/CRB 

 

 





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