Luanda - A receita bruta com a exportação de petróleo atingiu os 6,73 mil milhões de dólares, com a venda de 97,998 milhões de barris de crude, durante o segundo trimestre deste ano, com um aumento de 0,11% face aos primeiros três meses do ano.
O volume exportado correspondeu a cerca de um milhão e 77 mil barris dia, avaliados ao preço médio ponderado de 68,625 dólares por barril, de acordo com dados divulgados, nesta quinta-feira, pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleos e Gás.
Face ao primeiro trimestre do período homólogo, os volumes de exportação tiveram uma redução de 13,89%.
Os resultados sobre a exportação de petróleo e gás no período em análise foram apresentados pelo secretário de Estado dos Petróleos, José Barroso, que destacou a subida do preço na casa dos USD 70, que foi influenciado pelos cortes da produção da OPEP +, a recuperação da economia global, o aumento da procura a nível mundial, bem como a acção global da vacinação contra a Covid-19.
Lideraram as exportações, as ramas Dália com 11,57%, Mostarda com 10,77%, Nemba, com 9,63%, Cabinda com 8,60% e Girassol com 8,21%, de um total de 18 ramas.
Ainda de acordo com o relatório, o preço médio de exportação registou um incremento de 151,85%, comparando ao período de 2020, que na altura esteve a USD 27,248, por barril.
Já comparando com o primeiro trimestre deste ano, 2021, verificou-se um aumento de 11,25%, período em que preço esteve fixado em 61,683 dólares, por barril.
China mantém como principal destino
A República da China mantém-se como principal destino das exportações do petróleo de Angola com 72,85%, dos volumes vendidos.
Depois da China segue a Índia com 5,85% e a Singapura com 3,88%, Tailândia com 3,01%, Japão, com 0,96%, Indonésia, com 2,87%, todos países asiáticos.
Ainda na lista dos destinos do crude de Angola aparece o Chile, com 2,89, Estados Unidos da América com 1,98%, África do Sul, com 0,97%, e igualmente percentagem para Portugal e o Uruguai, com 0,95%.
Players nas exportações
Do volume exportado, de 97,998 milhões de barris de petróleo exportado no segundo trimestre deste ano, a Concessionaria Nacional aparece com 22,52% seguida da Sonangol com 17,01%, do volume total.
Quanto às companhias internacionais, a Total exportou volumes na ordem dos 13,69%, a Esso com 9, 66, seguida da Chevron, com 7,60%, a Eni e a BP, com 7,37% e 6,84%,respectivamente.
Entre outros players, constam a Equinor Angola, Equinor Dezassete, Somoil, Pluspetrol, Ina-Naftaplin, Naftagas, Prodoil, Acrep e a SSI, num total de 17 operadoras.
Angola continua a registar declínio na produção, devido à falta de investimento nos segmentos de Prospecção e Pesquisa.
A meta dos ajustes feitos pela Organização dos Países de Exportadores de Petróleo (OPEP) fixou em um milhão 283 mil barris por dia, em Maio, um milhão 298 mil, em Junho, e um milhão 319 mil, em Julho, níveis que não foram alcançados neste período.
O aumento da produção em Angola será feito, nos próximos tempos, com a entrada em operação de novos campos, com destaque para as Bacias Terrestres do Baixo Congo e do Kwanza, com nove licitações em processo de selecção de operadoras.