Luanda - Angola exportou no 3º trimestre de 2024 cerca de 102,1 milhões de barris de petróleo bruto, avaliados em 8,1 mil milhões de dólares, o que representa um aumento de 5,42% comparativamente com o trimestre anterior.
A informação foi prestada esta quinta-feira, em Luanda, pelo consultor do secretário de Estado para o Petróleo e Gás, Gaspar Sermão, acrescentando que em relação ao trimestre homólogo de 2023 houve um acréscimo de 2,01%.
Gaspar Sermão, que falava durante a reunião que visou apresentar as realizações do mercado do petróleo referente ao 3º trimestre do corrente ano e análise das perspectivas para os últimos três meses de 2024, sublinhou que o Brent datado registou, no período em referência, o preço médio de 80,338 dólares por barril.
A China foi o principal destinodas exportações do petróleo bruto angolano, nos últimos três meses, com 46,22%, sendo que os outros destinos foram a Indonésia, com 6,74%, Índia (6,60%), o Brasil (5,67%), Espanha e a França, com 4,87% e 4,71%, respectivamente.
No que concerne ao gás, acrescentou, as exportações realizadas totalizaram cerca de 1,3 milhões de toneladas métricas, com destaque para o Gás Natural Liquifeito (LNG) que teve cerca de 81,15%.
Fez saber que o volume exportado corresponde a um valor bruto de aproximadamente 777,82 milhões de dólares, representando um aumento de 24,28%, comparativamente aos três meses anteriores.
Segundo o consultor, em termos de valor bruto correspondente à
comercialização deste produto, observou-se um acréscimo de cerca de 37,73% em relação ao último trimestre e cerca de 29,82% relativamente ao período homólogo de 2023.
Acrescentou que este crescimento resultou do aumento no volume exportado, bem como da subida dos preços do gás no mercado internacional, onde se deu a exportação do LNG maioritariamente para a índia (cerca de 74,8%), disse.
Por seu turno, o secretário de Estado para Petróleo e Gás, José Barroso, explicou que o decréscimo do volume exportado para a China, em relação ao trimestre passado, deve-se a diversificação da carteira, menor procura, bem como a baixa reg noistada na actividade económica deste país asiático.
“Temos verificado que, no geral, este ano temos tido uma produção relativamente superior aos anos anteriores, principalmente quando comparado com 2023. Tivemos períodos de alta, mas também, infelizmente, temos alguns períodos de baixa”, disse, salientando que a produção média vai-se normalizando.
Preço médio das ramas diminui 5,25%
Na ocasião, o director do Gabinete de Estudos Planeamento e Estatística (GEPE) do Ministério dos recursos Minerais, Petróleo e Gás (Mirempet), Alexandre Garret, fez saber que o preço médio das ramas angolanas verificou uma diminuição de 5,25% comparativamente ao 2º trimestre de 24 e uma redução de 7,93% em relação ao período homólogo de 2023.
Já o valor bruto decresceu 0,11%, no mesmo espaço de tempo, uma diminuição de 6,08% se comparado ao período homólogo do ano transacto.
Do volume exportado, 26,73% pertence a Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG) e 15,54% a Sonangol.
Segundo Alexandre Garret, as companhias internacionais tiveram Azule Energy (13,15%), TotalEnergies (12,60%), Esso (9,98%), SSI (7,36%), Equinor e Cabgoc com 6,62% e 5,79%, respectivamente.
Quanto às principais ramas comercializadas, indicou a rama Dália com (12,86%), Mostarda (10,13%), Hungo (8,21%), Pazflor (7,53%), Girassol (6,83%), Kissanje (6,69%), Nemba e Clov, ambas com 6,59%. HM/VC