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Executivo projecta produção de biocombustíveis

     Economia              
  • Luanda • Sexta, 25 Outubro de 2024 | 19h04
Diamantino de Azevedo, ministro dos Recursos Naturais, Petróleo e Gás
Diamantino de Azevedo, ministro dos Recursos Naturais, Petróleo e Gás
Francisco Miúdo-ANGOP

Luanda -  O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo, apontou esta sexta-feira, em Luanda, a produção de biocombustíveis como solução para mitigar o efeito dos combustíveis fósseis no país.

O governante referiu ser alternativa sustentável na redução dos gases de efeito estufa, bem como para a promoção do desenvolvimento económico.

O foco da estratégia é a criação de um mercado de biocombustíveis robusto, com o surgimento de movimentos sociais e políticos para a transição energética, disse durante uma sessão de consulta pública da Proposta Estratégica dos Biocombustíveis de Angola 2025-2050.

Biocombustíveis são combustíveis produzidos por meio da biomassa, derivados de matéria-primas como soja, girassol,milho, gordura animal e vegetal. 

Segundo o ministro, o assunto começou a ser abordado em 2009, porém, só em 2023, depois de um estudo da Agencia Nacional de Biocombustíveis, criou-se um grupo de estudo para efeito.

Neste sentido, defendeu o alinhamento de objectivos e procedimentos da indústria para uma transição energética justa e inclusiva, com maior atractividade para o investimento privado.

“A transição energética tornou-se uma prioridade global e Angola não pode ficar alheia a esta realidade”, considerou.

A Estratégia de Biocombustível de Angola tem como finalidade a diversificação da economia, a transição energética, redução do efeito estufa, bem como diminuir a dependência de combustível fósseis e incentivar o uso de energias renováveis.

A mesma está em alinhamento com o Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027 e a Estratégia de Longo Prazo Angola 2050.

Para Diamantino de Azevedo, a criação da Agência Nacional de Petroléo, Gás e Biocombustíveis, em 2019, permitiu uma nova abordagem sobre esta matéria no país.

Por seu turno, o engenheiro da ANPG, Alfredo Napoleão, disse que na fase inicial serão produzidos biocombustíveis de primeira e segunda geração, como biodiesel e resíduos sólidos, de formas a tornar-se líder em África para exportação.

Apresentou como principal desafio a criação de uma legislação favorável ou ajustada a realidade, para incentivar investimento e infra-estruturas, referindo.

O Executivo angolano assumiu o compromisso com protocolo e convenções internacionais ligadas a questões ambientais, nomeadamente os de Quioto e Paris, que pretendem limitar as emissões de gases com efeito estufa.

Os biocombustíveis emitem menos gases poluentes da atmosfera e apresentam menor custo em relação aos combustíveis fósseis, porém a produção dos mesmos pode produzir resíduos prejudiciais a qualidade das águas e do ar, como fumaça e vinhoto.

Alguns biocombustíveis demandam uma grande quantidade de água na sua produção. ML/VC

 



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